Troca do Manto remete à tradição parnanguara

A troca do Manto da Mãe do Rocio deu início à Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio, com uma missa cheia de simbolismo, tradição e reforço da identificação do parnanguara com a santa. De acordo com o missionário redentorista e reitor do Santuário, padre Joaquim Parron, em 2017 o novo manto celebra os 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. A vestimenta é produzida artesanalmente há décadas pela devota Rosy Maria Kossatz Lopes, sendo que, além do manto, recém-trajado pela santa, ela tem duas vestimentas específicas para a Procissão Marítima do dia 12 e para a 204.ª Procissão Solene do dia 15.
Segundo Parron, já na missa solene de abertura realizada no sábado, 4, a imagem de Nossa Senhora do Rocio foi apresentada aos fiéis com o novo manto, bem como os que serão utilizados exclusivamente no dia da Procissão Marítima (12 de novembro) e na 204.ª Procissão Solene de Nossa Senhora do Rocio (15 de novembro), quando a santa sai do Santuário e chega até a Catedral Nossa Senhora do Rosário, no Centro Histórico, atraindo dezenas de milhares de fiéis para as ruas de Paranaguá. 

“Nesta Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio de 2017, o manto possui um significado especial com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, que comemorou 300 anos da aparição da Imagem em Aparecida do Norte, São Paulo. Além disso, ele possui um significado de carinho dos fiéis à Mãe de Jesus”, destaca o Reitor do Santuário.

Padre Parron, na cerimônia da troca do manto, fez questão de destacar as características fraternas e de carinho com o povo mais humilde da Mãe do Rocio e de Nossa Senhora Aparecida, que inclusive está presente na parte posterior da nova vestimenta, ressaltando que ambas foram encontradas por pescadores humildes e que intercedem sempre pelos mais necessitados.

 

Vestimenta é produzida artesanalmente há décadas pela devota Rosy Maria Kossatz Lopes

 

“O Manto representa o carinho do povo com a Mãe de Jesus”, explica o missionário redentorista, exemplificando com o fato de que a vestimenta é produzida por uma devota de forma artesanal, demonstrando o carinho do parnanguara com Maria. “Esta troca do manto é uma tradição popular de Paranaguá, colocando uma nova vestimenta. É algo emblemático e que mexe com o coração da sociedade parnanguara”, diz o padre Parron.