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Festa de Nossa Senhora do Rocio

Mais de 200 anos de fé

Conheça a história de Nossa Senhora do Rocio

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De acordo com pesquisas dedicadas à história da devoção a Nossa Senhora do Rosário do Rocio, a primeira imagem da santa apareceu às margens da baía, onde se encontra hoje o Santuário. Pescadores que se dedicavam à atividade pesqueira não conseguiam pegar sequer um peixe e um deles, chamado Pai Berê, já descontente, suplicou a ajuda dos céus. Na última vez que puxou o petrecho de pesca, ao invés de peixes, notou que havia uma pequena imagem na rede.

Deste dia em diante, os pescadores recolheram a imagem e passaram a pescar de forma farta para todos. Pai Berê e outros pescadores começaram a se reunir de forma constante diante da imagem para rezar e agradecer a intercessão de Nossa Senhora nas proximidades de onde foi encontrada. O registro mais antigo data de 1686, quando a devoção à Virgem do Rocio já havia conquistado uma parcela da população. Uma doença conhecida na época como “peste da bicha” fez com que os devotos saíssem em procissão com a imagem pedindo pela cura das pessoas e, depois disso, a doença desapareceu e o povo atribuiu o milagre a Nossa Senhora.

Tendo conhecimento dos milagres concedidos pela santa encontrada às margens da baía, outros devotos foram surgindo e a imagem que ficava no Santuário, no bairro Rocio, foi transferida para a Catedral Diocesana, no Centro Histórico. Uma tradição conta que após levarem a imagem para a Catedral, por três vezes, ela desapareceu misteriosamente e muitos relatavam ver uma pequena luz caminhando pela Estrada Velha do Rocio, até o local de sua origem. Os devotos atribuíram a isso o fato de que ela queria ficar na região do Rocio

Em seguida, foi construída a primeira capela para a santa. Passaram-se os anos e a imagem, já em seu local de origem, em 1813, foi finalmente construída a 1.ª igreja santuário Nossa Senhora do Rocio, abençoada pelo padre Manuel de Santo Tomaz e, no mesmo ano, realizada a primeira festa em louvou à santa.

 

 

PADROEIRA DO PARANÁ

Devido à grande devoção dos paranaenses a Nossa Senhora do Rocio e às graças e milagres alcançados, diversos municípios do Estado se manifestaram para que esta fosse proclamada como a padroeira do Paraná. O governador na época, Bento Munhoz da Rocha Neto, junto à Assembleia Legislativa e o prefeito de Paranaguá, Dr. Roque Vernalha, uniram forças para que a vontade do povo fosse atendida. 

Desta forma, a imagem percorreu durante 105 dias, em 1954, várias cidades do Estado. Neste período, mesmo não oficialmente, o povo paranaense já considerava Nossa Senhora do Rocio em seus corações como a padroeira do Estado.
Até que em 1972, o arcebispo de Curitiba, dom Pedro Fedalto, pediu aos bispos, durante uma reunião da província de Curitiba, para que assinassem um abaixo-assinado, que seria enviado ao Papa Paulo VI. E, em 1977, o pedido foi definitivamente aceito pelo Vaticano.

A IMAGEM

Em 1948, os devotos tiveram uma triste notícia: o desaparecimento da imagem. Um homem teria furtado a santa e escondido em meio às matas da Vila Guarani. Policiais e sacerdotes procuraram a imagem e encontraram apenas pedaços da mesma, que foram usados posteriormente para 80% de sua reconstrução, não perdendo a originalidade. O fato não desmotivou os fiéis, que continuaram a confiar à santa seus pedidos, mostrando que não há limites para o amor a Nossa Senhora do Rocio.

 


A imagem de Nossa Senhora do Rocio foi encontrada em 1648, às margens do Rio Itiberê (Foto: Jorge Fugita)

 

A FESTA

Com esse reconhecimento, a festa em louvor a Nossa Senhora do Rocio se tornou ainda mais visitada. Nos anos 1950, o Santuário era referência de fé e devoção, o local no mês de novembro passou a ser palco não só da devoção das famílias, como também um momento de confraternização após as celebrações religiosas. 

Além da tradicional Procissão Solene no dia da padroeira, com o passar dos anos outras foram agregando mais valor à festa e, em cada uma delas, foi se tornando uma oportunidade de os fiéis demonstrarem a sua fé e agradecerem os milagres concedidos pela santa. Hoje, além da procissão solene, ainda há a procissão marítima, a cavalgada, ciclística, motociclística, cavalgada, além da procissão de retorno no dia 16, quando a imagem é levada de volta ao Santuário.
 

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