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Festa de Nossa Senhora do Rocio

Bispo destaca devoção a Nossa Senhora do Rocio como símbolo de fé e caminho para Jesus

Bispo dom Edmar Peron convida fiéis de todo o Paraná a conhecerem o Santuário de Nossa Senhora do Rocio

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Há quase dois anos como Bispo Diocesano de Paranaguá, dom Edmar Peron, paranaense de Maringá, está participando da segunda Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio em seu bispado no litoral do Paraná. Citando linha religiosa de Papa Francisco de fraternidade e amor, dom Edmar destacou que a festividade deste ano demonstra a devoção à Mãe do Rocio como caminho para Jesus Cristo, ressaltando que o evento é importante para o turismo religioso da região. Além disso, o bispo fez questão de conceder um panorama da sua gestão na Diocese de Paranaguá, que no dia 17 de dezembro completa dois anos. 
“A Festa de Nossa Senhora do Rocio agrega duas experiências. O nível Paraná é muito amplo, começamos com Curitiba e São José dos Pinhais, onde se marca muito a presença no Santuário do Rocio, tanto ao longo do ano, como na Festa. As regiões paranaenses mais distantes vêm por turnos ao Santuário. A cada terceiro domingo tem uma diocese que vem, umas com muita gente, outras com menos, mas sempre há uma presença, excetuando o mês da padroeira, quando o movimento é grande. Quem está mais próximo se reconhece mais ligado à Mãe do Rocio”, explica o bispo.

De acordo com dom Edmar, a comunidade parnanguara apresenta uma grande devoção a Nossa Senhora do Rocio, principalmente por frequentar o Santuário durante todo o ano. “Estive na abertura das novenas e percebi a presença desde o amanhecer, às 6h, de muitos fiéis que chegam e participam. Isto demonstra ao município que ela é extremamente reconhecida, muitas vezes mais do que Nossa Senhora do Rosário, que vem a Paranaguá em 1575 com a construção da Catedral. Nossa Senhora do Rocio marca muito a vida do parnanguara, com fé, devoção e apoio”, acrescenta. “Percebemos isso no retorno da imagem da Catedral Diocesana Nossa Senhora do Rosário ao Santuário do Rocio no dia 16 de novembro, porque nesta procissão a maioria das pessoas é de Paranaguá”, completa.

TEMA DA FESTA

Dom Edmar Peron falou sobre o tema escolhido “Com a Mãe do Rocio sigamos Jesus Cristo, aprofundando a fé”, o qual foi definido ainda em 2016. “Este tema ajuda no diálogo com a cidade, pois há muitas comunidades religiosas além da católica. Se a gente aprofunda que Maria é caminho e não a meta, ela nos conduz a Jesus Cristo e nos ajuda a chegar à fé. O que baseia isso é o Capítulo II de São João em que Maria percebe a falta do vinho, diz aos empregados que devem fazer o que Jesus disser e no final da festa diz que os discípulos creram em Jesus. Ali está o esquema teológico para nós compreendermos a festa deste ano. Ela mostra que se fizer tudo que Jesus Cristo quiser voltará a alegria da vida. Termina dizendo eles creram em Jesus e não em Maria. Não significa menosprezar a mãe, mas sim mostrar que a referência da vida cristã é Jesus”, explica. 

TRABALHO SOCIAL DA IGREJA

Segundo o bispo diocesano, o Papa Francisco foi muito perspicaz quando fez uma interpretação das manifestações de Nossa Senhora Aparecida quando veio ao Brasil em 2013. “Na Jornada Mundial, na conversa do Papa com os bispos, ele fez uma reflexão teológica e pastoral de como Nossa Senhora se manifestou”, explica.
“Como Igreja Católica precisamos dar um passo maior no socorro aos pobres. Vejo nos pontos de ônibus: se tem uma coberta há um morador em situação de rua ali. Estamos fazendo muita coisa, mas ainda tem gente que está na rua. Por causa da nossa fé, nós precisamos dar apoio a quem não foi envolvido”, observa dom Edmar.
De acordo com ele, muitos moradores estão nesta situação de rua por não conseguirem voltar à família ou por casos de doença. “Há várias soluções, mas tem gente que precisa ser cuidada na rua. Neste trabalho de ir ao encontro a estas pessoas que visivelmente são mais miseráveis do que nós, precisamos dar um passo maior”, ressalta.

BALANÇO DO BISPADO

“Em 17 de dezembro, farei dois anos como bispo diocesano em Paranaguá. Vejo que a relação com os padres é mais direta, por termos tempo maior para nos conhecer. O Seminário está dando passos importantes, com possibilidade da vinda de novos seminaristas, com uma boa mentalidade surgindo por causa das três experiências missionárias que eles vivem anualmente. Conheço todas as paróquias, mas não todas as comunidades, há paróquias com muitas comunidades em Paranaguá e no litoral. Visitei todas, encontrei grupos das comunidades, mas não visitei e rezei com todas as comunidades. Este é um passo que eu quero dar”, afirma dom Edmar, destacando uma linha de análise de seus primeiros anos como bispo de Paranaguá.

Dom Edmar afirma que há uma necessidade de aproximação ainda maior com os leigos, algo que será mais focalizado em 2018. “O Conselho de Pastoral Paroquial, Conselho Paroquial da Diocese, Conselho Econômico, enfim, os conselhos precisam funcionar e preciso estar ainda mais atento. Criou-se no início uma dificuldade, pois não fiz um Plano de Pastoral, mas estamos caminhando com prioridades. Neste ano aprofundamos o fortalecimento das pequenas comunidades e grupos, a questão da Pastoral do Dízimo como caminho de participação e sustento da comunidade, bem como a questão da catequese”, explica, explanando sobre novas ações.

“Precisamos dar ainda mais passos, mas mesmo não tendo um plano geral, vejo que estamos caminhando bem e por prioridades. Queremos estreitar os laços ainda mais com as autoridades de Paranaguá, que é o maior município da Diocese”, explica.

 

 

CONHECIMENTO DO LITORAL E DE PARANAGUÁ

“Sou paranaense, mas a minha experiência de Paraná é diferente e isso marcou minha chegada. Os fiéis têm apreço pelo seu bispo ser paranaense, mas de minha parte sinto necessidade de compreender ainda mais a cultura do litoral, região onde existem as serras, as ilhas, enfim, de modos de viver muito diferentes. Me reconheço paranaense, mas preciso mergulhar ainda mais na cultura local de como é ser paranaense na região litorânea”, afirma.

Segundo o bispo, por ele não ter um conhecimento amplo de Paranaguá anterior ao bispado, ele está aproveitando o máximo possível as oportunidades de estar presente em todos os cantos da cidade. “Vejo que preciso de mais um passo para me envolver mais com a situação de Paranaguá, com relação a diversos grupos da cidade, ir além do que já conheço, vendo os moradores de rua, conversando com associações de moradores e líderes políticos. O bispo não deve ter só um olhar interno nas comunidades, mas se situar na realidade”, afirma.

MENSAGEM AOS FIÉIS

“Irmãos e amigos, a Festa do Rocio marca a vida da nossa cidade, marca a vida da Diocese de Paranaguá, mas gostaríamos também que marcasse a vida de todo o Paraná, pois neste ano completamos 40 anos que o Papa Paulo VI declarou Nossa Senhora do Rocio como Padroeira do Paraná. Venham participar da festa todos os anos, esta é uma experiência que aumenta a devoção e a fé em Jesus Cristo. Desta forma, cada um é ainda mais propagador da sua fé e de sua devoção”, afirma o bispo diocesano de Paranaguá, dom Edmar Peron.
 

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