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Festa de Nossa Senhora do Rocio

A Virgem do Rocio no resgate da fé em tempos de crise

Padre Parron destaca a importância da Igreja Católica como humanizadora

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Em tempos modernos, de busca incessante pelo lucro, de consumismo e de problemas rotineiros da vida humana cada vez mais numerosos, muitas vezes o ser humano acaba perdendo a fé e, com isso, se perdendo em si mesmo. Segundo o reitor do Santuário do Rocio, Missionário Redentorista padre Joaquim Parron, a sociedade secularizada acaba muitas vezes esvaziando a crença em Deus e em Jesus, algo que ocasiona uma lacuna de respostas que se podem obter somente com o divino. É nesse sentido que surge Nossa Senhora do Rocio, como figura de mãe, que com um viés humano e de carinho, restabelece a fé e cria um sentido para uma vida com mais felicidade e paz. 

“Na sociedade secularizada é muito bonito perceber a fé e devoção do povo a Nossa Senhora do Rocio como mãe, pois torna a fé mais humana, de amor, de carinho. Quando entra amor tudo é resolvido”, ressalta padre Parron. Segundo ele, há de se notar dois paralelos, um na sociedade da Europa, que, segundo ele, perdeu a noção de Deus e se tornou infeliz, e na americana, que é um tanto espiritualizada, mas sem vivência, sendo um verniz da sociedade. “Já o brasileiro é um povo sensível ao carinho de mãe e Maria entrou fortemente na espiritualidade de todos nós por isso. Em Paranaguá e no Paraná é Nossa Senhora do Rocio que ocupou esta imagem de Mãe Espiritual com carinho que se vê no sentido materno. Quando Ela apareceu na baía de Paranaguá, na pesca milagrosa, sempre se percebe ela como mãe, trazendo Jesus para socorrer o seu povo”, completa. 

CAMINHO PARA CRISTO

Segundo o reitor do Santuário, a Mãe do Rocio é um caminho claro para Jesus Cristo. “Quando falamos de Nossa Senhora do Rocio é como um símbolo de fé, no sentido de que ela acolheu o chamado de Deus e foi escolhida para ser a Mãe de Jesus Cristo. Até ao pé da Cruz, no Capítulo XIX, encontramos Ela presente constantemente com Cristo”, explica. “Em um trecho bíblico, na Ata dos Apóstolos, Capítulo I, se fala que quando os discípulos estavam em oração estava presente Maria, Mãe de Jesus. Quando falamos em Nossa Senhora do Rocio não é no sentido de adoração, pois ela é um ser humano Santíssimo, é santa, mas Deus é só Jesus Cristo, mas ela é um caminho que indica ao Salvador, tanto que se poder ver o Menino Jesus no colo dela em sua imagem, indicando que Ele é o caminho, a verdade e a vida, o que está no Evangelho de São João”, complementa. 

PAPA FRANCISCO

De acordo com padre Parron, a influência do Papa Francisco no trabalho da Igreja Católica como símbolo de fé, coexistência e de fraternidade entre os povos é um alicerce também do Santuário do Rocio. “Eu trabalho em universidades e muitas vezes pessoas vêm ao meu encontro falando do Papa Francisco, que se tornou uma referência moral no mundo todo, inclusive por líderes religiosos. Ele é profundamente mariano, possui fé em Nossa Senhora, e tem um sentido de fé como algo humanizador, algo levado também por nós, missionários redentoristas, em um casamento entre o divino e o humano. E quem ajuda a humanizar é a Mãe do Rocio”, destaca.

O JOVEM E O RESGATE DA FÉ 

Um dos itens citados como forma de renovação da fé é a aproximação do jovem de Nossa Senhora do Rocio e da Igreja Católica. Nesse sentido, o padre Joaquim Parron destacou o Encontrão Jovem, realizado no dia inicial da Festa do Rocio, sábado, 4, tendo como um dos principais organizadores do evento, Paulo Henrique Rolim. “O Paulo Rolim e todos os nossos jovens estão exercendo um trabalho de atitude e entusiasmo proativo para agregar e renovar a fé. Temos também um projeto ainda mais amplo para 2018 no resgate da fé da juventude parnanguara. Percebemos o jovem no entusiasmo e na alegria na Festa do Rocio, participando do show e da missa, com terço na mão, rezando e com amor a Nossa Senhora do Rocio e Jesus Cristo. Tudo foi muito bonito”, comenta o reitor.

Segundo Parron, os dias iniciais da Festa do Rocio em 2017 já demonstravam que o evento superaria a expectativa de público dos outros anos. “Tivemos as primeiras missas com muitas pessoas em pé fora da Igreja, bem como no domingo, quando o padre Robson não pôde vir realizar o show, mas mesmo assim os fiéis permaneceram com muita fé na Mãe do Rocio. Além disso, a cavalgada, realizada no mesmo dia aumentou o número de cavaleiros. No primeiro dia das novenas às 5h30 já estava totalmente lotada a igreja. Tivemos que ligar o telão lá fora. Este ano, a participação está sendo mais intensa pelos fiéis. É um resgate da fé no Santuário do Rocio exercido graças ao carinho e amor de Nossa Senhora do Rocio”, comemora. 

“Tenho experiência de 37 anos como missionário redentorista. Quando a pessoa perde a fé, ela experimenta muitos problemas na vida, que acaba perdendo o sentido. Uma sociedade sem fé torna-se triste, pessoas tendem a isolar-se, pois o mundo por si próprio não tem respostas para tudo, ele responde até uma altura, mas quando falta a dimensão da fé há uma lacuna. Quando se abraça a fé, o homem e a mulher se completam em alegria e luz”, destaca padre Parron. Segundo o missionário redentorista, além da Festa do Rocio, os fiéis podem procurar o Santuário constantemente, tendo nas quintas-feiras, às 6h e 8h da noite, a Missa do Santíssimo, e as novenas nas sextas-feiras, às 15h, como celebrações principais do resgate e de celebração da fé católica. 
“Convido todas as pessoas a comparecerem ao Santuário do Rocio. Venham ao Santuário, participem conosco. Tenho certeza de que sua vida terá mais sentido e significado”, finaliza padre Joaquim Parron. 
 

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