conecte-se conosco

Polícia

PF realiza operação contra facção criminosa no Brasil com desdobramento em Paranaguá e Matinhos

Movimentação financeira dos investigados, incluindo indivíduos do litoral do Paraná, ultrapassou R$ 7 milhões durante o período das investigações desde novembro de 2018 (Foto: PF)

Publicado

em

Foram presos integrantes e desarticulado núcleo financeiro de facção, com mandados sendo cumpridos no Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul

Na manhã de sexta-feira, 9, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), força-tarefa coordenada pela Polícia Federal (PF) e integrada pela Polícia Civil, pela Polícia Rodoviária Federal e pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, deflagrou a Operação “Caixa-Forte”, que combate o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro por facção criminosa com atuação nacional. Cerca de 250 agentes públicos, entre policiais federais, rodoviários federais e civis, além de agentes penitenciários, estão cumprindo 52 mandados de prisão preventiva, 48 mandados de busca e apreensão, 45 mandados de sequestro de valores/bloqueio de contas bancárias em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, totalizando 18 cidades e unidades prisionais, onde seis dos alvos já se encontram recolhidos.

"Todos os mandados foram expedidos pela Vara de Tóxicos de Belo Horizonte e foram cumpridos em Uberaba/MG, Conceição da Alagoas/MG, Campo Grande/MS, Corumbá/MS, São Paulo/SP, Ribeirão Preto/SP, Itaquaquecetuba/SP, Embu das Artes/SP e nas cidades paranaenses de Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara", explica a assessoria da PF.

Segundo a PF, as investigações começaram em novembro de 2018, com foco na existência dentro da facção chamada "Geral do Progresso", que seria responsável por gerenciar o tráfico de drogas, distribuição dos entorpecentes com garantia do sustento da organização, assim como esquema de lavagem de dinheiro dos valores oriundos de crimes. "Contas bancárias de pessoas aparentemente estranhas ao grupo criminoso eram cooptadas para ocultar e dissimular a natureza ilícita do montante movimentado", explica a assessoria.

Outro "modus operandi" era o de realização de "depósitos fracionados" para lavar o dinheiro, com realização de depósitos em pequenas quantias em várias contas, não identificando o depositante, algo que não ativaria a comunicação de atividade suspeita às autoridades de controle de atividades financeiras (COAF), previstos na Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro. "Posteriormente, o dinheiro era transferido a outras contas ou mesmo sacado em terminais eletrônicos. Foram identificadas 45 contas bancárias, todas bloqueadas e com os valores sequestrados judicialmente. A movimentação financeira ultrapassou R$ 7 milhões durante o período das investigações. Os números das contas eram enviados por integrantes de outro setor da facção, denominado "Resumo Integrado do Progresso dos Estados e Países", responsável também pelo recebimento dos comprovantes para a realização da contabilidade geral dos valores movimentados", informa a Assessoria da PF.

Os presos estão sendo investigados pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 33 anos de prisão. A operação reforça, mais uma vez, a estratégia de combater o tráfico de drogas e as organizações criminosas não apenas pelas apreensões de entorpecentes e prisões de traficantes, mas principalmente pela descapitalização das facções através da identificação dos responsáveis pela lavagem de dinheiro, bloqueio de suas contas e sequestro de seus bens", finaliza a Polícia Federal.

 

*Com informações da Agência PF (Polícia Federal).

 

 

Publicidade










plugins premium WordPress