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Polícia

Delegado detalha homicídio de mulher e prisão de filipino suspeito do crime

Casa no Rocio onde Cláudia foi encontrada brutalmente assassinada

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Na noite de quarta-feira, 21, foi encontrado na Rua Professor Cleto, bairro Rocio, em Paranaguá, o corpo de Claudia Helena Gaspar, que trabalhava em uma casa noturna da cidade. A vítima foi encontrada morta em sua própria residência em uma cena de barbárie vista pelos agentes da Polícia Civil, Polícia Militar do Paraná e Guarda Civil Municipal (GCM). Claudia estava com o corpo nu e ensaguentado, com vários golpes de objeto pontiagudo na cabeça. O principal suspeito do crime é um homem oriundo das Filipinas, que era tripulante do navio MV Star Lygra, atracado no Porto de Paranaguá. Ele foi preso em flagrante na mesma noite, sendo entregue pelo comandante da embarcação às autoridades e encaminhado para a 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá (1.ª SDP). 

 

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De acordo com o delegado-adjunto da 1.ª SDP da Polícia Civil, Nilson Diniz, encarregado do caso, a vítima teria conhecido o filipino na boate onde trabalhava, indo com ele para sua casa posteriormente, na noite da terça-feira, 20. Na quarta-feira, 21, suas colegas estranharam que Cláudia não apareceu no local de trabalho, sendo que elas a chamaram inclusive na casa, em que residia, porém a vítima não respondeu. Prontamente, as autoridades foram acionadas e se encaminharam até o local. A equipe de investigadores se dirigiu ao local junto com perito do Instituto Médico Legal (IML), acompanhando realização de exame pericial, verificando a situação de homicídio realizado por instrumento contundente. 

“Este instrumento provocou lesões na cabeça da vítima e essas lesões teriam sido as que causaram a morte. Depois que o local foi liberado pelo Instituto de Criminalística, os investigadores localizaram alguns pertences de um indivíduo de nacionalidade filipina que se encontrava embarcado em um navio no Porto de Paranaguá. Com base nesta identificação, entramos em contato com agências marítimas e identificamos o navio onde este indivíduo estava embarcado. Nos dirigimos ao local e lá ele foi apresentado por seu capitão. O suspeito apresentava algumas lesões no corpo, uma na mão e várias escoriações no corpo, o que demonstra que houve luta. Também foram localizadas dentro de sua cabine as suas roupas, uma bermuda e uma camiseta, sujas de sangue. Isto fez presumir que ele de fato foi o autor do crime”, ressalta Diniz. 

Segundo o delegado, o suspeito foi conduzido à sede da 1.ª Subdivisão Policial (1.ª SDP) onde foi ouvido em interrogatório junto com representante da agência marítima e do seu advogado constituído. “Quero deixar bem claro que existe o lastro probatório mínimo para autuação dele em flagrante, em virtude dele ter sido o último a ser visto com a vítima, dele se encontrar com a vítima no momento do crime e por ele ter voltado ao navio sem ter comunicado o crime às autoridades policiais e com roupa suja de sangue”, explica Diniz.

 

SUSPEITO PRESO 

De acordo com o delegado-adjunto, o suspeito ficará à disposição dos investigadores nos próximos 10 dias necessários para a conclusão do inquérito policial com o intuito de esclarecer como o homicídio ocorreu. “Não há como descartar ainda o possível envolvimento de outros indivíduos. Outras testemunhas serão ouvidas, vai ser realizada a reprodução simulada do fato, ver se a versão dada por ele é viável e pode ter de fato acontecido. Na quarta-feira, 21, foi realizada a perícia papiloscópica para coleta de impressões digitais, para ver se não há no local impressões de outras pessoas que não sejam ou suspeitas ou autuada em flagrante”, completa. 

Segundo o delegado, são aguardados laudos do Instituto de Criminalística e do IML para juntada de provas técnicas para que o processo tenha um corpo probatório robusto para apuração. 

“Neste primeiro momento o que há é aquele lastro probatório mínimo para autuação deste indivíduo em flagrante. É importante frisar que se ele não fosse capturado na data de ontem, hoje ele estaria deixando o Brasil, assim seria muito mais difícil a apuração deste crime. Ele possuía passagem marcada de volta para as 21h de quarta-feira, 21”, comenta. 

Segundo o delegado, é necessário tratar o caso com cautela, com apuração de todas as provas e laudos, para que possa se apurar se o filipino é de fato o autor do homicídio.

Claudia Helena Gaspar foi assassinada na terça-feira, 20

 

HOMICÍDIO QUALIFICADO 

Nilson Diniz ressalta que o suspeito está sendo autuado por homicídio qualificado em virtude do excesso de golpes desferidos contra a mulher, muito além do necessário para ter concretizado o homicídio, crime que possui pena prevista no Código Penal de 12 a 30 anos, levando em conta também a qualificação por crueldade. “Muita coisa deve ser apurada nos próximos dias. Ele se encontra hoje preso em virtude da probabilidade dele ter sido autor do crime, mas vamos trabalhar com cautela, recolhendo todos os elementos de informação para que ao final eu possa entregar este caderno investigatório ao Ministério Público concluindo pela autoria delitiva”, completa. O filipino está preso na carceragem da 1.ª SDP de Paranaguá.

De acordo com o delegado, informações sobre o caso podem ser repassadas à Polícia Civil através do telefones 197 e 181 (Narcodenúncias), resguardando inclusive o sigilo dos denunciantes. “Quem tiver informação sobre este crime e outros ocorridos em Paranaguá pode entrar em contato com estes dois canais e será mantida em sigilo a identidade dos denunciantes. Os cidadãos têm colaborado continuamente com o trabalho da Polícia Civil e espero continuar contando com o cidadão de bem parnanguara que hoje tenho certeza de que confia no nosso trabalho e está demonstrando isso repassando informações necessárias para a apuração destes crimes”, complementa, parabenizando o trabalho dos servidores da Polícia Civil, bem como da Polícia Militar do Paraná e da Guarda Civil Municipal no caso em questão. 

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