Comoção toma conta de sepultamento da estudante Andriely

Na quarta-feira, 12, foram realizados, na cidade de Morretes, o velório e sepultamento da estudante de Direito Andriely Gonçalves da Silva, de 22 anos, a qual estava desaparecida desde o dia 9 de maio. Desde então, a família não havia tido mais notícias sobre o paradeiro da jovem. 

O velório foi realizado no salão da Igreja Metodista de Morretes e a comoção tomou conta da cidade. Durante o sepultamento, que foi realizado às 15h, houve uma manifestação pedindo justiça, movimento que foi organizado por familiares e amigos da jovem.

O corpo foi encontrado no quilômetro 9 da Estrada da Graciosa, em Morretes, no litoral do Paraná, na tarde de sexta-feira, 8.
No sábado, 9, a família de Andriely reconheceu o corpo encontrado às margens da Estrada da Graciosa.

O reconhecimento foi realizado por meio de uma blusa e de uma tatuagem no braço da vítima. Oficialmente, porém, a identificação só foi confirmada após realização de exames no Instituto Médico Legal (IML).

Ainda no sábado, por solicitação do IML de Paranaguá e da Delegacia de Alto Maracanã, responsável pela investigação, o corpo foi encaminhado ao IML de Curitiba, onde passou por exames complementares, como o da arcada dentária.

Cleusa Gonçalves, mãe da jovem, descreveu em uma rede social o sentimento após a possível confirmação de identidade. “Deus, hoje é um dia muito triste. Segura minha mão, Senhor”, postou.

NOTA OFICIAL

Através de nota, emitida na segunda-feira, 11, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária confirmou que o corpo encontrado no litoral era da jovem desaparecida.

“A Direção da Polícia Científica do Paraná informa que o corpo encontrado na Serra da Graciosa foi reconhecido como o de Andriely Gonçalves da Silva, de 22 anos. O reconhecimento foi feito pela arcada dentária. O laudo será concluído e encaminhado para o delegado da Polícia Civil que preside o inquérito”, diz a nota.

SUSPEITO

O principal suspeito de ter matado Andriely é o soldado da Polícia Militar (PM) Diogo Coelho Costa, ex-marido da vítima. Ele está preso desde o dia 19 de maio, depois que imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que o policial saiu de casa com a jovem na madrugada em que ela desapareceu.

A prisão temporária vence no dia 19. A partir das investigações, a Polícia Civil pode pedir à Justiça a prorrogação do prazo ou a conversão para prisão preventiva. A Delegacia do Alto Maracanã segue investigando o caso.