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Pensar Verde

O nosso problema é a Mata Atlântica

Esta frase chegou a ser escrita em nosso mural de trabalho que retratava a agenda mensal da equipe de licenciamento, fiscalização e monitoramento.

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Certo dia na sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Paranaguá (Semma) ouvi juntamente com os técnicos da casa uma frase de um cidadão que marcou a minha passagem por lá: “O nosso problema é que temos muita Mata Atlântica aqui no litoral do Paraná!” Confesso que esta afirmação no início até pareceu piada, mas infelizmente retratou o sentimento de muitas pessoas que ainda não entenderam o verdadeiro significado e importância do meio ambiente.

Esta frase chegou a ser escrita em nosso mural de trabalho que retratava a agenda mensal da equipe de licenciamento, fiscalização e monitoramento. Volta e meia líamos uns para os outros aquilo que o cidadão havia dito e isso me causou uma longa reflexão. Qual a maneira mais adequada de nós, profissionais que atuam na gestão ambiental seja ela pública ou privada, fazermos a população entender que a frase certa seria: “Que bom que a Mata Atlântica mais preservada do Brasil está no litoral do Paraná!”

Como aquele cidadão da fúnebre frase deve ter pensado de maneira muito simplista na questão de investimento financeiro, faltou-lhe a visão de que o turismo é a “indústria do futuro”. De acordo com o Relatório de Gestão do Exercício de 2017 do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), estimou-se que, em 2018, o País alcançaria o número recorde de 8,6 milhões de turistas nas unidades de conservação. Considerando que, em 2017, o Brasil ocupou o 1.º lugar em Recursos Naturais no ranking de competitividade, de acordo com o Relatório do Fórum Econômico Mundial de Viagem e Turismo, do Conselho Mundial de Viagem e Turismo (World Travel & Tourism Council – WTTC), demonstra-se que o País oferece opções de turismo que vão muito além do Sol & Praia e reforçam um posicionamento mundial de grande relevância para o País como destino turístico internacional.

Temos sim uma oportunidade de pensar as nossas Unidades de Conservação com a sua exuberante Mata Atlântica como fonte de emprego e renda para os 300 mil habitantes de nosso litoral. Neste caso, o “problema” passará a ser a solução mais sustentável para que haja uma melhoria significativa no bem-estar dos habitantes de nossa planície litorânea.

Por Raphael Rolim

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