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Paraná Produtivo

PIB da agropecuária

Segundo o levantamento da produção agrícola de fevereiro de 2020, as condições climáticas favoráveis associadas a melhorias de preços na época do plantio contribuíram para o crescimento da estimativa anual da produção de algumas lavouras.

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PIB da agropecuária

O PIB de 2019 da agropecuária cresceu 1,3% em 2019, de acordo com IBGE, O crescimento do setor decorreu do desempenho positivo tanto da agricultura quanto da pecuária. Segundo o levantamento da produção agrícola de fevereiro de 2020, as condições climáticas favoráveis associadas a melhorias de preços na época do plantio contribuíram para o crescimento da estimativa anual da produção de algumas lavouras, com destaque para o milho, que teve um aumento de 23,6% e expressivos ganhos de produtividade. Também registraram estimativas de crescimento anual as culturas de algodão (39,8%), laranja (5,6%), e feijão (2,2%).  

Redução
Em contrapartida, importantes culturas tiveram redução de produção na estimativa anual de 2019. São elas o café, com redução de -16,6%, arroz (-12,6%), soja (-3,7%) e cana de açúcar (-1,0%). Em 2018, o crescimento do PIB do setor agropecuário foi de 1,4%. A pecuária teve seu desempenho influenciado positivamente pelas condições do mercado internacional, que favoreceram os preços e as exportações desse setor. As relações comerciais com a China, devido à forte redução de seu rebanho ocasionado pela peste suína, contribuem para esse resultado.

Exportações de carne

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 67,4 mil toneladas em fevereiro, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal.  O número é recorde para o mês e supera em 24,7% o volume embarcado no mesmo período de 2019, quando foram exportadas 54,1 mil toneladas. A receita mensal das exportações chegou a US$ 154,9 milhões, número 54,6% maior em relação ao segundo mês de 2019, com US$ 100,2 milhões. No acumulado do ano, as exportações de carne suína chegaram a 135,9 mil toneladas, volume 32,4% maior em relação ao alcançado no primeiro bimestre de 2019, com total de 102,6 mil toneladas. As vendas do período geraram receita de US$ 319,1 milhões, saldo 66,2% superior ao registrado nos dois primeiros meses de 2019, com US$ 192 milhões.

Soja gaúcha

A safra de soja no Rio Grande do Sul deve ter uma quebra de 3,2 milhões de toneladas, segundo a Emater-RS. Para o milho, a redução na produção deve ser de 1,4 milhão de toneladas. No entanto, esse quadro pode ser ainda pior se o quadro de déficit hídrico continuar. “Temos essa estimativa de perda, que acompanhamos desde dezembro e janeiro quando se agravou a estiagem. Então a gente prevê essa quebra na safra de soja, que representa uma perda significativa. Nas próximas semanas, temos expectativas dessa estiagem agravar, então podemos ter uma perda maior”, explicou o presidente da Emater, Geraldo Sandri.

Mercado sem reposição

Levantamento do Instituo Mato-Grossense de Economia Aplicada aponta que boa parte dos pecuaristas do Mato Grosso está relatando dificuldade em encontrar animais no mercado de reposição. Na semana passada, os preços estavam ao redor de R$ 1.625,10/cab do bezerro. Apesar da oferta de animais ainda ser restrita no estado, as programações de abates apresentaram uma leve queda de 0,35 dias se comparado com a semana passada que encerrou com uma média de 6,94 dias. O transporte de animais acabou sendo comprometido devido ao período chuvoso, diante disso os preços para o boi gordo e a vaca gorda tiveram um aumento no comparativo semanal.

Preços variam

Os preços da indústria desaceleraram para 0,32% em janeiro, na comparação com dezembro do ano passado, devido ao recuo nos preços das carnes. De acordo com o Índice de Preços ao Produtor IPP) do IBGE, esse foi o sexto mês seguido de taxas positivas, acumulando alta de 3,09% no período. Nos últimos 12 meses a inflação da indústria foi de 6,33%. Considerando somente a indústria extrativa, alta de 5,52% em janeiro. A indústria de transformação registrou avanço de 0,07% no IPP, indicador que mede a oscilação dos preços dos produtos na “porta das fábricas”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. Em contrapartida, os preços da indústria extrativa subiram 5,52%, puxados pelo minério de ferro. Foi a maior alta entre as 18 atividades cujos preços cresceram em janeiro. Outros destaques foram metalurgia (3,11%) e borracha e plástico (2,01%).

Impacto das cooperativas

As 62 cooperativas agropecuárias vinculadas a Ocepar pretendem investir R$ 3,8 bilhões neste ano em atividades agroindustriais, de armazenagem e demais setores estratégicos. O montante é 75% superior ao aplicado em 2019 e, se a estimativa for consolidada, no final do ano, o Paraná terá mais de 2,2 milhões de toneladas em capacidade de armazenagem de grãos. E, levando em consideração que mais de R$ 2,5 bilhões deverão ser destinados às agroindústrias, como abatedouros de aves, suínos e peixes, haverá um grande potencial para a geração de milhares de postos de trabalho, criando renda para inúmeras famílias neste momento de recuperação econômica pelo qual o país está passando.

Carne de frango

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 348,4 mil toneladas em fevereiro, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal. O número é 10% superior aos embarques efetivados no segundo mês do ano passado, quando foram exportadas 316,7 mil toneladas. As exportações de fevereiro geraram receita de US$ 553,8 milhões, resultado 5,2% maior em relação aos US$ 526,4 milhões realizadas no mesmo período de 2019.Somando os dados de janeiro e fevereiro, o volume embarcado alcançou 672,2 mil toneladas, número 12,3% maior em relação ao efetivado no primeiro bimestre de 2019, com 598,4 mil toneladas. Em receita, a alta chega a 10,5%, com US$ 1,082 bilhão em 2020, contra US$ 980,4 milhões efetivadas no ano passado. Respondendo por 17,5% do total das exportações brasileiras no primeiro bimestre, a China importou 115,4 mil toneladas, volume 59% superior ao realizado entre janeiro e fevereiro de 2019.

Abate em 12 meses

O volume de cabeças de frango criadas e abatidas nos 12 meses transcorridos entre março de 2019 e fevereiro de 2020 alcançou 6,230 bilhões de cabeças, volume que representa aumento de 7% sobre idêntico período. Já no primeiro bimestre do exercício, o total abatido pode ter superado o milhão de cabeças, resultado que corresponde a um aumento de pouco mais de 5% sobre o mesmo bimestre de 2019. O número de cabeças abatidas teve por base os levantamentos realizados pela Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte, de alojamento interno de pintos de corte. Em relação aos números mensais estimou-se viabilidade de 96% e abate aos 42 dias de idade. Em 11 dos últimos 12 meses o frango abatido rendeu menos carne que em idêntico mês do ano anterior.

Tendência de expansão
Na média de 12 meses, essa redução foi inferior a 1% (no peso médio do período outubro/19 a fevereiro/20 foram adotados dados preliminares do IBGE). O resultado é um potencial de produção da ordem de 14,5 milhões de toneladas de carne de frango, volume que, pelos parâmetros adotados, significa aumento de pouco mais de 5% no período de março/19 a fevereiro/20. Já neste ano a expansão se encontra em 4%. Essas projeções abrangem apenas a produção de carne de frango originada de pintos de corte, ou seja, não incluem o produto proveniente do abate de reprodutoras e poedeiras e que, no processamento ou na comercialização, se transforma em carne de frango.

Consumo recua
O consumo de eletricidade no Brasil caiu 2% em fevereiro ante mesmo período do ano passado, no segundo mês consecutivo de retração, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O desempenho negativo na demanda por energia elétrica, um importante sinalizador da atividade econômica, segue-se a uma redução em janeiro estimada em 4,3% pela CCEE. No mercado regulado, onde os clientes são supridos por empresas de distribuição, o consumo em fevereiro teve queda de 3,8%, apontou a CCEE, enquanto houve alta de 2,3% no mercado livre de energia, no qual grandes consumidores podem negociar contratos com geradoras e comercializadoras. Entre indústrias que compram energia no mercado livre, houve significativa retração no consumo dos setores de veículos (-10%), madeira, papel e celulose (-7,2%) e extração de minerais metálicos (-6,2).

Carne australiana
A saída momentânea do gigante asiático do comércio global da proteína vermelha – devido sobretudo aos problemas gerados pelo surto do novo coronavírus – também afeta fortemente outros grandes países fornecedores do produto, que, como o Brasil, foram premiados no ano passado pelo enorme apetite dos importadores chineses. Um deles é a Austrália, tradicional concorrente do Brasil no comércio global da carne bovina, que relata desaceleração nos embarques em fevereiro, puxada pela baixa participação das compras chinesas. Em 2019, pela primeira vez na história, a China tornou-se o principal comprador de carne bovina da Austrália, em termos de volume. No ano passado, os chineses elevaram em 85% as compras de carne bovina australiana. Segundo reportagem do portal australiano Beef Central, o país embarcou 92.968 toneladas de carne resfriada e congelada em fevereiro, recuo de 2,3% em relação ao resultado obtido no mesmo período do ano passado.

Fim do veto à carne
Congressistas dos EUA e órgãos de defesa do consumidor dizem que a carne bovina brasileira ainda pode oferecer riscos e fazem pressão contra a decisão do Departamento de Agricultura de suspender o embargo às importações. O secretário de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue, disse ao Comitê de Agricultura da Câmara que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos realizará inspeções mais rigorosas por um período indeterminado para garantir que o Brasil continue cumprindo com os padrões dos EUA. Embora a mais recente inspeção do Departamento de Agricultura tenha autorizado a comercialização da carne brasileira, vários parlamentares expressaram ceticismo em relação a melhoras de longo prazo.

Tarifas para aves do Brasil
A África do Sul planeja aumentar as tarifas sobre as importações de aves dos EUA e do Brasil para apoiar os produtores locais, segundo o jornal Capetown ETC. Em meados de fevereiro, autoridades mencionaram que um novo conjunto de tarifas poderá ser aplicado em breve para produtos avícolas importados dos EUA e do Brasil. A indústria avícola sul-africana emprega 54 mil pessoas e poderia elevar esses números, segundo a Associação de Aves da África do Sul (SAPA). As importações de aves da UE não serão atingidas por essas novas tarifas, já que as duas partes assinaram um acordo de livre comércio. Especialistas esperam que as tarifas sejam fixadas em 45% para que a medida não influencie os preços. Atualmente, as tarifas são de 12% para frango desossado e 37% para pedaços com osso congelados. Nos últimos dois anos, a África do Sul importou quase 400 mil toneladas de aves por ano.

Redação ADI-PR Curitiba  
Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em 
www.adipr.com.br.  

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