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Paraná Produtivo

Descomplica em Campo Mourão

O encontro orientou como os produtores devem proceder em relação aos processos de licenciamento ambiental no campo, seguindo todos os critérios técnicos, jurídicos e ambientais.

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Campo Mourão recebeu ontem a apresentação do Programa Descomplica Rural. O encontro – da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, em conjunto com o Sistema Faep/Senar e Sindicato Rural – reuniu 1,2 mil pessoas no Celebra Eventos, entre pequenos produtores rurais da região, técnicos agropecuários, prefeitos da Comcam, deputados estaduais e lideranças ligadas ao agronegócio do Paraná. O encontro orientou como os produtores devem proceder em relação aos processos de licenciamento ambiental no campo, seguindo todos os critérios técnicos, jurídicos e ambientais.

Agilidade
“É um momento histórico que coloca o nosso agronegócio, que é a grande matriz do Estado do Paraná, em condição de competitividade”, disse Márcio Nunes, secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. Márcio Nunes explicou que o programa agiliza processos de licenciamento ambiental. O objetivo, segundo ele, é induzir o desenvolvimento sustentável com metodologia mais moderna, e permitir a geração de novos negócios e mais empregos. O secretário ressaltou que o mundo está vivendo a era dos alimentos sustentáveis e os empreendimentos rurais trabalham para esse crescimento. Ele adiantou  que o programa atualiza as classificações da produção agropecuária e os tamanhos dos estabelecimentos rurais e dá celeridade às análises dos pedidos de licenças. “Aquilo que chegava a demorar um ano será resolvido em poucos dias. É um marco para a agricultura e para o Paraná”, destacou.   

Carne suína
As exportações brasileiras de carne suína in natura, somaram 17,5 mil toneladas na primeira semana de março. Com cinco dias úteis, a média diária de embarque foi de 3,5 mil toneladas, 8,6% maior que a média registrada para o mês de fevereiro, que ficou em 3,2 mil toneladas diárias. Em relação à média paga por tonelada houve ligeira desvalorização na comparação em janeiro. No segundo mês do ano o valor pago por tonelada embarcada era de US$ 2.453,05, passando para US$ 2.453,05 na primeira semana de março, queda de 0,5%. No total na primeira semana as exportações somaram US$ 43 milhões. Já em relação a março de 2019, tanto o volume quanto os valores monetários registraram altas. A média embarcada registrada no mesmo mês do ano passado foi de 2,5 mil toneladas, ou seja, crescimento de 40,6% em volume diário. No caso valor pago por tonelada, em março de 2019 foi de US$ 1.977,75 – uma valorização de 25,5% neste março de 2020.

Competitividade
A carne suína em fevereiro registrou a melhor relação de competitividade em relação à carne bovina já registrada na série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), conforme informou o centro da Universidade de São Paulo na quinta-feira, 12. O preço da carcaça suína em fevereiro chegou ao menor valor registrado desde outubro, enquanto o preço da carne bovina continuou subindo. O Cepea calcula que houve um ganho de competitividade de 30,5% da carne suína em relação à bovina em fevereiro. A diferença entre os preços da carcaça especial suína e da carcaça casada bovina foi de R$ 5,81/quilo em fevereiro. No início de março, houve um recuo para R$ 5,27/kg nessa diferença, disse o Cepea em nota. A carcaça suína comum no atacado da Grande São Paulo teve alta de 0,9% na semana de 4 a 11 de março, a R$ 8,30/kg, e a carcaça suína especial subiu 0,8%, a R$ 8,68/kg, refletindo liquidez maior na primeira quinzena do mês. Já a carcaça casada do boi comercializada teve alta de 3% na parcial do mês de março, fechando a R$ 13,97/kg na quarta-feira, valorização de 3% na parcial de março.

SC quer isenção
O governo de Santa Catarina reafirmou, frente a deputados e agricultores, a decisão de manter a isenção de impostos para os defensivos agrícolas. O assunto foi tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa. A discussão sobre a tributação dos defensivos agrícolas está agora em âmbito federal, na pauta do Conselho Nacional de Política Fazendária. Em abril será realizada uma reunião no órgão para discutir a renovação ou não do Convênio 100/97 para os anos 2020 e 2021, que tem vigência até 30 de abril. Para que seja aprovada a renovação, todos os secretários da Fazenda do país devem votar a favor da concessão.

Exportações caíram
As exportações do agronegócio brasileiro em fevereiro caíram 6,3% na comparação com o mesmo período de 2019, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura. O saldo da balança comercial do setor no mês foi de US$ 5,35 bilhões. As vendas somaram US$ 6,41 milhões, já as importações foram de US$ 1,06 bilhão. A participação do agro no total vendas externas do Brasil ficou em 39,2%. As exportações de óleo de soja, carne (bovina, suína e de frango), algodão e complexo sucroalcooleiro (açúcar e álcool) tiveram desempenho favorável no resultado, segundo o governo.

Resistência ao glifosato
Em parceria com o Departamento Técnico da Cocari a Embrapa divulgou comunicado técnico em que foi relatada a identificação de uma planta resistente ao herbicida glifosato, na propriedade de um cooperado situada na região do Vale do Ivaí. A planta é conhecida como leiteiro ou amendoim-bravo e a sua identificação foi realizada a partir do monitoramento da lavoura e da observação de plantas daninhas que não estavam sendo controladas pelo herbicida. Nos próximos dias, a Embrapa realizará uma reunião com toda a equipe técnica da Cocari para transmitir orientações sobre as melhores alternativas para o controle do amendoim-bravo.

Pesquisa de anos
O trabalho de identificação do amendoim-bravo iniciou durante a safra 2016/17, quando um produtor relatou ao engenheiro agrônomo da Cocari Luciano Junior Rodrigues que não houve o controle de algumas plantas daninhas do leiteiro após aplicação do glifosato. No entanto, a quantidade de plantas ainda era reduzida à época. Na safra seguinte, verificou-se uma população maior desta planta sem ser controlada. Por isso, foi feita uma aplicação de glifosato na dosagem máxima recomendada na bula do herbicida e houve um bom controle, porém, observou-se a sobra de algumas plantas. Já na safra 2018/19 foi realizada a aplicação na dosagem máxima recomendada, mas não houve o controle. Diante disso, na safra 2018/19, o engenheiro agrônomo do Detec entrou em contato com a Embrapa.

Demanda interna
Mesmo com o momento de incerteza gerado por fatores internacionais, 2020 deve ser positivo para o agronegócio brasileiro, de acordo com a pesquisadora Nicole Rennó, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O mercado interno, que ficou desaquecido no ano passado, pode voltar a aquecer-se ante a perspectiva de melhora na economia. “A expectativa é de que o PIB cresça praticamente o dobro do ano passado. Se tivermos a retomada dos empregos e poder de compra, isso pode favorecer a demanda doméstica”, comenta Nicole. A pesquisadora do Cepea destaca que apesar de as exportações terem sido fundamentais para as valorizações no ano passado, grande parte da produção de carne fica nas agroindústrias locais.

Crescimento na indústria

A produção da indústria nacional avançou em 13 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE na passagem de dezembro para janeiro, quando o setor registrou alta de 0,9%, depois de duas quedas consecutivas. Essa disseminação de taxas positivas, divulgada na última quinta-feira, 12, na Pesquisa Industrial Mensal Regional, é a maior desde junho de 2018, quando a indústria começou a se recuperar da greve dos caminhoneiros, iniciada em maio daquele ano. De acordo com o analista responsável pela pesquisa, Bernardo Almeida, o estado de São Paulo cresceu 2,3% e puxou a alta do indicador no mês. “A indústria paulista vem de dois meses negativos, em que acumulou queda de 3,7%. O resultado de janeiro foi o mais alto desde agosto de 2019 (3,2%). Essa alta foi impulsionada pelos setores de veículos automotores, máquinas e equipamentos e metalurgia”, disse.

Produção da indústria
A produção industrial paranaense cresceu 2,6% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo o IBGE. Em relação a dezembro de 2019, o aumento foi de 1,7%. No acumulado dos últimos doze meses, a indústria local registrou evolução de 5,2%. O crescimento no mês foi puxado pela indústria de alimentos (10,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (17,9%), produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (13,3%), e borracha e material plástico (9%). Segundo o IBGE, a indústria paranaense de alimentos segue crescendo em bom ritmo, impulsionada pelos investimentos das cooperativas e pelo sistema estadual de financiamentos. Desde janeiro de 2019, houve crescimento em todos os meses nesse setor em relação aos respectivos pares de 2018. Em alguns casos, as evoluções ultrapassaram 20%.

La Niña
O Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, atualizou na última quinta-feira a projeção de ocorrência do La Niña, e o risco de formação do fenômeno aumentou. Em fevereiro, o consenso que representa a média de todos os modelos rodados indicava 34% de chance de La Niña no último trimestre (outubro, novembro e dezembro). Agora, em março, o instituto aumentou em 6 pontos percentuais, para 40%. Mas alguns modelos trabalham com chance de 80%. O oceano Pacífico mais frio nos próximos meses, mesmo sem configurar La Niña, fará a atmosfera apresentar novos sintomas e efeitos. O inverno pode apresentar ondas de frio mais cedo, que podem se estender por mais tempo. A chuva de primavera pode atrasar na próxima safra de verão, comprometendo o calendário de plantio. Para as culturas de inverno, o La Niña é mais positivo porque impede que haja chuva em abundância na hora da colheita, o que prejudica a qualidade.

Aniversário
O Porto de Paranaguá completa 85 anos na próxima terça-feira, 17, e se consolida como o mais eficiente do Brasil. São mais de 10,4 mil toneladas de carga movimentadas por cada metro de cais. Os recordes de produtividade e evolução crescente de infraestrutura transformaram o simples atracadouro em um gigante de produtividade, alcançando a marca histórica de 53,2 milhões de toneladas movimentadas em 2019. Em 1935, Paranaguá era rota para exportar mate e café e importar produtos manufaturados da Europa. O porto, com apenas 400 metros, movimentou no seu primeiro ano 91,5 mil toneladas. O mesmo que um único navio embarcou, no ano passado, na maior operação de farelo soja do porto paranaense. Com mais de 50 milhões de toneladas movimentadas no ano, Paranaguá movimenta 500 vezes mais cargas hoje do que era operado na época de sua fundação.

Resultado do bimestre
Apesar do temor em relação aos impactos do novo coronavírus à economia mundial, os Portos do Paraná registraram leve aumento na movimentação de cargas no primeiro bimestre do ano. Em janeiro e fevereiro, cerca de 7,3 milhões de toneladas de produtos entraram e saíram do país pelos terminais do Estado. Volume 1% maior que o registrado nos dois primeiros meses de 2019, quando foram 7,2 milhões de toneladas movimentadas. Seguindo o cenário do mês de janeiro, os segmentos que mais cresceram, em volume movimentado, foram Granel Líquido e Carga Geral. De cargas líquidas, registra-se 1,14 milhão de toneladas, na importação e exportação. O volume é 21% maior que as 946,5 mil toneladas do bimestre de 2019. Na carga geral, o aumento registrado foi de 13%, comparando as 1,8 milhão de toneladas de carga e descarga deste ano com 1,6 milhão de toneladas operadas em 2019.

Redação ADI-PR Curitiba

Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.

 

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