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Economia

Desabastecimento dos supermercados segue afetando consumidores do litoral

Carnes e frango estão totalmente em falta nos estabelecimentos

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De acordo com redes de estabelecimentos, mesmo após ser liberada a vinda de produtos perecíveis, serão necessários de 10 a 15 dias para normalizar as prateleiras

Em seu 11.º dia, a paralisação dos caminhoneiros, mesmo após ter sido parcialmente encerrada, com liberação de combustíveis e gás, bem como com escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Exército de cargas de alimentos e produtos para os supermercados, continuará afetando as prateleiras dos supermercados de Paranaguá e do litoral com a falta de itens, principalmente nos setores de carnes, hortifrúti e outros produtos perecíveis.

Wilson Ostapechen, responsável por uma das redes de supermercados do litoral, destacou que a paralisação afetou o abastecimento no mercado. "Nas lojas de Pontal do Paraná e Matinhos estão faltando produtos como pão, leite, carne e algumas coisas de hortifrúti, apesar de conseguirmos pegar algumas coisas dos produtores locais", explica. Segundo ele, há estoque de outros produtos, mas o desabastecimento está afetando vários segmentos. "Em 25 anos da nossa rede de supermercados nunca se viu uma coisa igual. Para nós afetou bastante o movimento, caiu 60% do que vendíamos por dia", destaca, ressaltando que alguns preços acabaram aumentando. "Há produtos que chegam todo dia, como as carnes, mas faz mais de 10 dias que não chega nada", explica.

De acordo com ele, sobre a paralisação dos caminhoneiros, a rede de supermercado está em diálogo constante com os fornecedores, em que se informou que parte da categoria não aceitou as propostas enviadas pelo Governo Federal. "O protesto é válido, nós nos solidarizamos com os caminhoneiros, sabemos como empresário da carga tributária alta que pagamos, mas temos que aguardar. A causa é justa, não temos muito o que fazer", explica. Ele ainda acrescenta que este feriado de Corpus Christi será afetado com a paralisação. "Estamos revendo as coisas, remanejando produtos de uma loja para outra para atendermos melhor os consumidores. Vai ser uma pena, o feriado era muito aguardado nas praias com um grande movimento, mas vai diminuir e muito", explica.

Prateleiras de legumes e vegetais estava totalmente vazia em um dos supermercados do litoral

REABASTECIMENTO

Um gerente de uma rede de supermercados de Paranaguá ressaltou que o desabastecimento segue ocorrendo há 10 dias. "O desabastecimento continua da mesma forma e ainda pior que da última semana, estão desabastecidos segmentos de hortifrúti, açougue, padaria, enfim, o setor que mais sofre é o de perecíveis. Mas na quarta-feira, 30, tivemos a notícia de que os caminhões estão na estrada vindo a Paranaguá, com apenas alguns pontos de bloqueio no litoral. Assim que liberar começa a restabelecer. Houve redução de clientes. Existe a procura, mas não existe o produto", comenta.

"Alguns segmentos que virão do Centro de Distribuição, assim que liberar já normaliza no mesmo dia. No entanto, para recuperar toda a variedade, todo o mix de produtos que oferecemos normalmente e que o consumidor está acostumado, vai de uns 10 a 15 dias", ressalta o gerente. "O preço é uma incógnita, mas conforme o abastecimento, a tendência é dos valores dos produtos normalizarem", explica. "Esperamos que tudo seja normalizado o mais rápido possível", completa.

 

Maria do Rocio Rosa dos Santos, dona de casa, moradora no bairro Sete de Setembro na Ilha dos Valadares, ressalta que a paralisação é justa, mas que a falta de produtos está muito intensa nos supermercados. "Estou sentindo na minha casa. Tenho uma pessoa idosa em casa, a minha mãe com 87 anos, que cuidamos, que necessita de frutas e verduras, mas não estou conseguindo levar nada", explica. "Só temos o básico, vou ter que levar outras coisas. Vai demorar 10 dias para normalizar, mas até lá o pagamento de muitos já acabou, bem como o preço de muita coisa no mercado pode aumentar. Sempre o povo tem que pagar o preço", finaliza.

Maria do Rocio Rosa dos Santos destaca que falta de produtos afeta alimentação da mãe, de 87 anos, e teme alta de preços 

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