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Palácio Visconde de Nácar tem grande índice de depredação

Espaço sofre constantemente com a ação de vândalos

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O Palácio Visconde de Nácar, um dos prédios que fazem parte do patrimônio histórico de Paranaguá, está sofrendo não só pela ação do tempo que trouxe danos ao local, como também por ações constantes de roubos e depredações. Os mesmos arrombam as portas do prédio para entrar no local e roubar itens que fazem parte da história e cultura da cidade. O local em questão já foi palco de grandes eventos, abrigou inclusive a Câmara Municipal de Paranaguá e sede do Governo da Província do Paraná.

 

 

Ao todo, segundo o município, foi estimado que mais de 10 placas de bronze tenham sido roubadas. O próprio busto de Visconde de Nácar, que fica na entrada do prédio, possui alguns sinais que indicam a tentativa de furto. Além disso, o número de pichações também é grande no local e cada dia são percebidas em mais quantidade. “Chegamos várias vezes no Palácio e encontramos portas arrebentadas”, contou o diretor de Obras do município e técnico em restauro, João Ricardo Castilho. Ele trabalha diariamente no local como restaurador de peças do patrimônio local.

O busto da República, como foi chamado, que fica na área externa do Palácio, foi pichado com tinta preta após um restauro realizado por uma equipe que está no local para ajustar alguns itens da área externa. “Fizemos a parte de baixo, passamos impermeabilizante e tivemos que pintar e fazer todo o trabalho novamente”, disse Castilho.

SEM PLACAS SEM FURTO

Para evitar que mais placas simbólicas sejam furtadas, as que ainda restam foram retiradas das paredes do prédio e guardadas em outro local. “São placas do Governo Estadual, aniversário da cidade, homenagem a algum prefeito, de feitos históricos e, provavelmente, levaram para derreter. As que sobraram tiramos para tentar preservar”, observou Castilho.

Um projeto para restauração foi aprovado pela Prefeitura de Paranaguá e a licitação está planejada para o mês de dezembro. Castilho contou que o prédio foi construído em 1856. Ele e mais duas pessoas estão no prédio fazendo o restauro de alguns detalhes da área externa. “Reformamos os dois bancos que estavam todos quebrados e, pelas fotografias, fizemos o mesmo desenho, que são as letras da baronesa MCG (Maria Clara Guimarães). Além disso, temos três painéis amarelos, que não estão tombados como patrimônio histórico, onde replicamos as iniciais dos bancos”, relatou. “Restauro é diferente de reforma. É um trabalho minucioso e demorado, no qual é preciso conhecimento”, finalizou.

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