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Natal

Solidariedade: psicóloga lista atitudes simples para praticar o ano todo

Tendência das proximidades do Natal é ter mais engajamento e participação em ações sociais

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A solidariedade é definida como um sentimento de amor ou compaixão pelos necessitados ou injustiçados, que conduz o indivíduo a prestar ajuda moral ou material. Esse sentimento é mais evidente no fim do ano, quando grupos de pessoas, famílias e empresas dedicam um pouco do seu tempo para comprar donativos e destinar a comunidades carentes.

A psicóloga Caroline Chiarelli Colle afirmou que essa onda de solidariedade que aflora entre as pessoas faz sentido no fim do ano. “Passamos boa parte do ano no ‘automático’, fazendo nossas atividades da vida diária para darmos conta da família, do trabalho, da saúde, enfim, do que rege a nossa vida. Fim de ano é fechamento de ciclos e, com isso, as pessoas tendem a pensar nas coisas que deixaram de produzir ao longo do ano. Por isso, a tendência das festividades de fim de ano é ter um maior número de engajamento e participação em ações de solidariedade”, destacou Caroline.

Segundo ela, os dias mais longos de dezembro, com maior incidência do sol também colaboram com o sentimento de bem-estar.

“Fim de ano também é a época em que o dia é mais longo e o sol está mais presente, com isso há liberação de hormônios e neurotransmissores que são responsáveis pelo prazer e bem-estar, o que nos impulsiona a olhar o próximo com mais compaixão”, disse Caroline.

GENEROSIDADE O ANO TODO

A generosidade deve ser vista como uma virtude a fazer parte da vida das pessoas desde a infância. “Ela deve ser ensinada às crianças através de exemplos e atitudes. Para praticarmos este valor positivo ao longo do ano, devemos periodicamente repartir, doar e partilhar acima de qualquer interesse. Ensinar sobre empatia e ajudar as crianças a reconhecer as necessidades do próximo, não apenas que aquela pessoa é mais desamparada e precisa de recursos, mas acima de tudo, conhecer a sua história e demonstrar compaixão e amor genuínos”, afirmou a psicóloga. A orientação dela é realmente colocar no calendário para não esquecer, a cada dois ou três meses. 

BENEFÍCIO RECÍPROCO

Muitas pessoas que fazem trabalho voluntário costumam relatar que ao pensar que estão fazendo o bem ao próximo, na realidade, estão fazendo o bem para si mesmas. A psicóloga explicou como nosso cérebro reage quando doamos tempo para uma ação solidária.

“A sensação de orgulho e satisfação pelo ato de generosidade é decorrente dos centros de recompensa que funcionam em nosso cérebro. O sistema límbico produz diversas conexões no hipotálamo quando realizamos a prática da bondade. São liberados hormônios como a oxitocina que nos preenche por emoções edificantes como a empatia e a vontade de fazer o bem. Ela é conhecida como o hormônio do amor, ligado à sensação de prazer e bem-estar físico e emocional”,enfatizou Caroline.

Por isso, mesmo sem o objetivo de querer receber algo em troca, o ser humano acaba recebendo o benefício das boas sensações e bem-estar, o que se torna gratificante.

NADA ENSINA MAIS QUE O EXEMPLO

Psicóloga listou algumas dicas para praticar a solidariedade em casa com as crianças:

# Ensine a solidariedade horizontal, em que é doado não só o que não serve mais (como na solidariedade vertical), mas sim a doação do que gostamos e que gostaríamos que outras pessoas também compartilhassem de boas vivências. “Doar porque amo, porque me custa algo, financeiramente ou emocional, mas em prol do meu semelhante, doo para fazer o bem”.

# Encoraje seu filho a ter atos de solidariedade na escola no dia a dia, ajudando um amigo com dificuldades, ou que esteja sofrendo bullying, ou que esteja passando por algum momento difícil. Essa atitude reforça que podemos ajudar diariamente as pessoas.

# Ensinar que também podemos doar nosso tempo e ouvidos ao escutar um idoso falar de suas experiências de vida, por exemplo.

# Ensinar os filhos a ficarem alegres com a felicidade do outro. “Em casa, em alguns momentos, eu levo uma lembrança para um filho e, em outro momento, só para o outro. Com isso, reforço a importância de estar contente com a alegria do irmão. Isso deve começar dentro de casa”, contou Caroline.

# Quando for separar brinquedos ou roupas para doação com as crianças, pergunte a elas: “você gostaria de ganhar isto?”.

# Fazer um cofrinho anual para a compra de um presente especial para alguém menos favorecido, em que toda a família irá contribuir ao longo do ano.

# Levar os filhos em suas causas solidárias, uma visita ao asilo para doar tempo a eles, limpar a rua onde você mora, enfim, são inúmeras oportunidades que podemos ensinar as crianças a serem mais solidárias.

# A toda oportunidade, ensine empatia aos seus filhos, pois o que mais precisamos na sociedade de hoje é pessoas se colocando no lugar do outro e repensando suas atitudes.

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