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Natal

Natal é tempo de ensinar sobre doação e generosidade às crianças

Guardar dinheiro ao longo do ano e doar roupas e brinquedos são alguns dos comportamentos que podem ser incentivados pelos pais

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Fim de ano é época de confraternização e festas, mas também é momento de ensinar as crianças os verdadeiros sentidos do Natal e o porquê dele ser tão especial. Segundo a psicóloga Adriana Grosse, o consumo exacerbado e a espera do Natal somente pelo presente podem tornar as crianças egoístas. Para que isso não ocorra, além de lembrar que a data se justifica pelo nascimento de Jesus, os pais podem aproveitar para propor alguns ensinamentos que podem ser levados para toda a vida.

Para Adriana, apesar de haver um apelo pela troca de presentes, este não deve ser o foco.

“O fim de ano traz felicidade para muitos, pois grande parte das pessoas entra em clima de confraternização, reencontros familiares e entre amigos. O Natal, apesar de ser uma festa cristã, é comemorado por todos. Infelizmente, hoje, o Natal é visto como uma troca de presentes. Por isso temos que ter cuidado com o que ensinamos a nossas crianças, porque virou um consumismo exacerbado. As crianças esperam pelo Natal somente pelos presentes que ganham e, na verdade, isso que devemos mudar”, disse a psicóloga.

De acordo com ela, a saída é pensarmos no Natal como uma oportunidade de troca. “Esse é o verdadeiro espírito da data. As nossas crianças estão acostumadas a ganhar e, com isso, os pais barganham o ano inteiro, se eles forem bons na escola, quando crianças, e se distorce o verdadeiro sentido. Nós podemos fazer o contrário, aproveitar a data para ensinar muitas coisas boas para as crianças”, afirmou Adriana.

“É um momento importante de separar roupas, brinquedos, mas também de presentear alguém, ser empático e se colocar no lugar de outra pessoa”, declarou a psicóloga

Dentre os bons ensinamentos elencados pela psicóloga estão: o amor, a troca, a bondade e generosidade, por meio da lenda do Natal e da vinda do menino Jesus.

“A lenda do Natal foi inspirada pela vinda de um bispo, Nicolau de Mira, que viveu na região da Turquia no séc. III e ficou conhecido pela sua bondade e generosidade. Quando pensamos em Papai Noel foi através do bispo Nicolau, que costumava arrecadar alimentos e brinquedos e entregar anonimamente. Na época, ele já ajudava os pobres. Podemos trazer para nossas crianças uma cultura de troca, para não somente ganhar o presente, mas sim dar um presente, se doar. O verdadeiro espírito natalino está no Papai Noel no sentido de troca e, para os cristãos, a vinda do menino Jesus, que nasceu por amor. O Natal é doação e não como estamos acostumados, em um sentido mais egoísta, no pensamento do que eu vou ganhar”, explicou Adriana.

EMPATIA E DOAÇÃO

Para isso, a psicóloga aconselha os pais a trabalharem a empatia, para se ver no lugar do outro. “Tudo bem ganhar um presente, mas o que eu posso dar para ajudar o outro? E não apenas o que é velho, pois no fim do ano vemos muitas doações para asilos e creches. Os asilos ganham muito alimento, as crianças muito brinquedo e isso se perde. Por isso, podemos implantar nas nossas crianças que isso não deve acontecer apenas no fim do ano, que podemos fazer isso três ou quatro vezes durante o ano”, acrescentou Adriana.

Ganhar presentes não deve ser o foco do Natal para as crianças

Durante o ano, os pais podem incentivar a doação de roupas e brinquedos que não têm mais utilidade. “Uma atitude pode ser olhar o guarda-roupa e ver o que não serve mais, ver quais brinquedos não são mais usados pelas crianças. Como é uma troca, é importante que a gente trabalhe também o egoísmo. Fazer com que eles juntem dinheiro no porquinho para comprar o seu presente ou um presente para alguém, seja para doação, seja para o amigo secreto, no qual também podemos usar como uma troca”, sugeriu Adriana.

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