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Mulheres dominam as vagas nas universidades no Brasil

Hoje, elas são maioria nas salas de aula de todo o País com dedicação e interesse na qualificação profissional

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A presença de mulheres está cada vez mais intensa nas universidades do País. O Censo da Educação Superior divulgou, no ano passado, quais os cursos e áreas com maior proporção de alunos homens e mulheres. Apesar de as mulheres corresponderem a mais da metade dos estudantes no Ensino Superior, elas ainda no geral possuem salários menores, trabalham mais horas por semana e sofrem mais com o desemprego.

Karina e Glória concluíram o curso de Direito e incentivam as mulheres na busca pelo conhecimento

Segundo o Censo, entre os 50 principais cursos, alguns ainda têm a predominância de homens, já em outros, elas são maioria. Estética e Cosmética, Pedagogia, Serviço Social, Nutrição, Enfermagem, Psicologia e Fisioterapia são alguns dos cursos onde o público feminino se destaca.

Já os cursos de Publicidade e Propaganda, Engenharia Ambiental e Licenciatura em Geografia e História são algumas das graduações bastante equilibradas. Porém, em algumas áreas, os homens ainda são maioria nas salas de aula como nos cursos de Engenharia Mecânica, Ciência da Computação e Engenharia Elétrica, apesar da presença feminina ter aumentado nos últimos anos.

Ocupando cerca de 60% das cadeiras nas universidades do País, elas assumem somente 11% dos cargos de diretoria nas maiores empresas. Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Ethos com o apoio da ONU Mulheres, mostra que elas têm vantagem apenas em cargos de baixo escalão, como estagiários e aprendizes.

PARANAGUÁ

No Instituto Superior do Litoral do Paraná (Isulpar), em Paranaguá, as mulheres dominam o Ensino Superior. São 627 alunas de graduaçãoe outras 145 nos cursos de pós-graduação. A presença é maciça no curso de Pedagogia, no qual elas totalizam 98% das salas de aula. Mesmo nos demais cursos, elas se fazem presentes, ultrapassando o público masculino, com 57% dos acadêmicos.

DEDICAÇÃO DAS UNIVERSITÁRIAS

Após duas faculdades concluídas, Economia e Pedagogia, Karina Buchvaitz acaba de concluir o curso de Direito. Ela é prova do interesse e da dedicação das mulheres para concluir o Ensino Superior.

“Eu vejo a presença das mulheres na universidade como algo muito positivo, pois é uma forma de manter a igualdade mais presente. Antes, tínhamos cursos específicos para mulheres como o magistério e a pedagogia, mas hoje na contemporaneidade deu para perceber que não existe mais a profissão voltada ao sexo masculino ou feminino. A mulher tem que buscar fazer o que ela quer e o que ela gosta”, observou Karina.

Também concluindo o curso de Direito, Glória Funes, acredita que a entrada da mulher na universidade é uma quebra de paradigmas que foram construídos ao longo dos anos.

“Eu vejo que quando as mulheres entram na universidade buscando conhecimento possam sair daquela utopia que a mulher vive em função do homem, sai do contexto que temos que pilotar um fogão, pois também podemos ler um livro, dar aula, pensar por si. Então, a mulher deixa de ser objeto e passa a ser sujeito. A busca pelo conhecimento abre caminhos e, para a mulher, essa é uma representatividade muito grande”, destacou Glória.

Assumir várias responsabilidades, tanto em casa como no trabalho e, por vezes, ainda decidir cursar uma faculdade, é um desafio enfrentado pelas mulheres. “É na dificuldade que nós crescemos. A mulher tem essa habilidade de pensar em várias coisas ao mesmo tempo, que é um diferencial do sexo masculino e isso nem é um achismo, pois a ciência mostra isso. A mulher tem essa habilidade de enfrentar as dificuldades com maior destreza, sem perder o requinte do detalhe”, concluiu Karina.

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