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Meio Ambiente

Portos do Paraná discutem atividade pesqueira no litoral

Durante as atividades diárias do monitoramento da pesca, os pescadores estão sendo convidados a participar dos seminários. (foto: Claudio Neves/ Portos do Paraná)

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Os Portos do Paraná realizam, a partir da próxima semana, seminários sobre a atividade pesqueira na região de Paranaguá, Pontal do Sul, Antonina e Guaraqueçaba. Pela primeira vez, a administração portuária vai disponibilizar os resultados de quatro anos de monitoramento da pesca e debater com os pescadores sobre impactos, rendimento e variações no número de peixes.

“Queremos ter uma conversa franca com os trabalhadores. Vamos mostrar os dados que foram coletados entre janeiro de 2014 a dezembro de 2018. É um período importante que nos fornece dados como tempo de pesca, rendimento, pesos, variações, preços”, explica o presidente dos Portos, Luiz Fernando Garcia.

O primeiro encontro acontece na quinta-feira, 11, às 14 horas, no Museu de Arte e Etnologia (MAE), em Paranaguá. No dia 12, a reunião será em Pontal do Sul, ao lado da Banca da Doca. No dia 15, em Antonina, o evento acontece na Escola Brasílio Machado e, em Guaraqueçaba, no dia 29, na Colônia de pesca Z-2, sempre no mesmo horário.

A administração portuária vai disponibilizar os resultados de quatro anos de monitoramento da pesca. (foto: Claudio Neves/ Portos do Paraná)

DESENVOLVER PROJETOS

Para o presidente da Federação de Pescadores do Paraná, Edemir Manoel Ferreira, tanto o monitoramento quanto os seminários são extremamente necessários. “Se não tivermos dados, pesquisas, não temos o que fazer. Através dos dados é que conseguimos ter noção da realidade para desenvolver projetos como o de repovoamento das espécies de peixes nativas da região”, afirma.

Ferreira reforça, junto aos pescadores, a importância da participação nos seminários. “Se eles não participarem das reuniões, não saberão o que influencia e determina o futuro da própria atividade. Convidamos a todos e esperamos que muitos participem. Esses dados são para os pescadores e para o futuro dessas famílias”, conclui.

Além de apresentar os estudos, a equipe de Meio Ambiente dos Portos do Paraná vão realizar ações de educação ambiental durante os seminários. (foto: Claudio Neves/ Portos do Paraná)

FERRAMENTA

Segundo a assessora técnica e bióloga, Angeline Saucsen, não são apenas os pescadores que não costumam ter dados estatísticos que auxiliem na atividade. “Os próprios órgãos oficiais não possuem um banco de informações tão preciso sobre a pesca na região quanto esse que os Portos conseguiram compilar. É uma ferramenta que todos podem usar para saber das oscilações dos pescados e tudo o que está acontecendo no dia a dia da pesca no litoral do Estado”, afirma.

Além de apresentar os estudos, a equipe de Meio Ambiente dos Portos do Paraná vão realizar ações de educação ambiental durante os seminários, principalmente em relação às espécies ameaçadas de extinção na região e a importância de respeitar os períodos de defeso.

“Será um trabalho de conscientização sobre a importância do defeso, por causa da reprodução das espécies, para continuar os estoques e para que os pescadores possam continuar exercendo a atividade”, completa a bióloga.

MONITORAMENTO

Ao longo desta semana, durante as atividades diárias do monitoramento da pesca, os pescadores estão sendo convidados a participar dos seminários.

São sete entrepostos de monitoramento. Além de acompanhar e entrevistar os pescadores no Mercado de Peixe e na Vila Guarani, em Paranaguá, a equipe também realiza abordagens em Antonina (Mercado de Peixe, Praia dos Polacos e Ponta da Pita); em Pontal do Sul (no Canal DNOS e na Vila dos Pescadores); e em Guaraqueçaba (na Colônia de pesca Z-2).

INFORMAÇÕES

O objetivo do programa é acompanhar alterações na pesca, identificar oscilações na produção e nos preços de comercialização de pescados em função da atividade portuária e das demais influências. São coletadas informações sobre a embarcação (pescador, nome do barco, sistema produtivo de pesca, tipo da embarcação, origem, arte de pesca, duração da atividade) e do pescado (nome, peso ou dúzia, preço, rendimento).

Até o momento, foram registrados mais de 50 pesqueiros e mais de 30 comunidades no monitoramento. De 2014 a 2018, a média anual é de quase 403,5 mil quilos de pescados na região, o que gera, em média, renda anual de R$ 3,7 milhões. Além da Tainha e do Camarão Branco, as espécies mais pescadas são Parati, Bagre, robalo, Pescada Bembeca e Baiacu.

A realização do programa de monitoramento da atividade pesqueira é uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento federal, conduzido pelo Ibama (LO 1173/2013 e 1364/2017).

 

Da Assessoria da APPA

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