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Meio Ambiente

Fechamento de parques no litoral deve impactar turismo

IAP determinou o fechamento de áreas de mata por tempo indeterminado após caso confirmado de febre amarela

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O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) determinou o fechamento de parques no litoral, por tempo indeterminado, como forma de prevenção de casos de febre amarela. A interdição se justifica pela confirmação da circulação do vírus na zona rural de Antonina. Com o fechamento dos parques, o setor que deve ser impactado é o turismo.

A preocupação também é com a vacinação dos moradores, em especial nesta época em que o litoral recebe muitos turistas, como explicou o biólogo do Departamento de Estratégias de Conservação do IAP, Mauro Brito.

“Já tivemos um caso confirmado e foi evidenciada a presença do vírus da febre amarela. Isso não significa que é muito ou pouco, mas que o vírus está em circulação e, por isso, toda a população do litoral, seja residente ou não, deve se vacinar”, ressaltou Brito.

IMPACTO NO TURISMO

Segundo o biólogo do IAP, há uma preocupação com o turismo no litoral do Paraná e, por isso, o objetivo é entrar em contato com as agências para orientar sobre como proceder em viagens que incluem trilhas em áreas de floresta. “Em áreas abertas queremos evidenciar em como proceder sem causar impacto na atividade turística. Para aqueles que já estão com viagem marcada, recomendo às agências a só aceitarem pessoas com a vacinação posterior a 15 dias. Estamos avaliando a criação de um termo de compromisso para que o agente de turismo tenha isso em mãos com a certeza de que as pessoas do grupo estão vacinadas”, explicou Brito.

De acordo com o biólogo, não há áreas específicas que representem mais riscos de contrair a doença no litoral do Paraná.

“Antonina e Morretes foram focos porque a descoberta foi lá. Mas, a questão não é o município, são áreas de florestas. Em áreas urbanas, a princípio, não há motivo para pânico. A preocupação é com a movimentação de pessoas em áreas florestadas, por isso fechamos os parques. Não podemos garantir que esse vírus não tenha se deslocado ao longo do litoral sem deixar evidências”, disse Brito.

Desta forma, enquanto houver condições climáticas favoráveis aos mosquitos, a preocupação irá se manter e os parques e unidades de conservação continuarão fechadas.

CENTRO DE INFORMAÇÕES

A notificação deve ser imediata quando os moradores encontrarem macacos mortos em qualquer região do Estado e a ocorrência de casos suspeitos. A comunicação deve ser realizada ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), que está em plantão permanente. Os telefones são (41) 99117-3500 e (41) 99917-0444. A população também pode comunicar o fato à secretaria ou posto de saúde mais próximo, de preferência com coordenadas e nome do local.

O IAP reforça que os macacos, bugio e prego, não são transmissores da febre amarela, quem faz isto são os mosquitos que vivem na floresta.

“Os bugios, principalmente, são excelentes sentinelas, que nos avisam quando a febre amarela está presente, pois podemos encontrar seus corpos e confirmar a morte pela febre. Portanto, não se deve matar macacos. Eles são tão vítimas quanto nós. Pousadas, hotéis e afins podem ajudar a difundir esta informação”, salientou Brito.

PARQUES FECHADOS

O IAP divulgou os locais que possuem áreas de floresta que devem ser evitadas em função da possível circulação do vírus: Estação Ecológica do Guaraguaçu, Parque Estadual do Boguaçu, Parque Estadual Pico Paraná, Parque Estadual Roberto Ribas Lange, Parque Estadual do Palmito, Parque Estadual da Graciosa, Parque Estadual do Pau Oco, Parque Estadual Rio da Onça, Parque Estadual das Lauráceas, APA de Guaratuba, APA de Guaraqueçaba e Parque Estadual Pico do Marumbi.

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