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Meio Ambiente

Baleias e lobo-marinho-do-sul são avistados no litoral do Paraná

Baleia jubarte avistada na baía de Paranaguá (Laboratório de Ecologia e Conservação/UFPR)

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Equipe da UFPR acompanhou deslocamento de baleia jubarte em Paranaguá e realizou proteção a lobo-marinho-do-sul 

No sábado, 20, e domingo, 21, equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná acompanhou o deslocamento de uma baleia Jubarte na baía de Paranaguá. Além disso, como parte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP/BS), o grupo da UFPR também atendeu o caso de uma baleia encalhada em frente ao Centro de Estudos do Mar (CEM) em Pontal do Paraná e fez a proteção de um lobo-marinho-do-sul que descansava em uma praia de Matinhos. 

Segundo a assessoria, no sábado, 20, pesquisadores receberam informação sobre a presença da baleia Jubarte na região. “O grupo do CEM, que atua em parceria com o Centro de Mamíferos Aquáticos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), foi até a região entre a Ilha do Mel e Pontal do Sul, e avistou o animal no canal de navegação da baía de Paranaguá. A baleia Jubarte (Megaptera novaeangliae) é juvenil, mede menos de dez metros de comprimento, e estava ativa, expondo com frequência as nadadeiras peitorais, a cabeça e fazendo saltos. Tais comportamentos, de acordo com a equipe da UFPR, podem ser vistos quando o animal não é molestado, pois, quando estressado, ele pode bater muitas vezes a cauda na superfície ou mesmo passar mais tempo submerso”, explica a assessoria da UFPR.

De acordo com a equipe do CEM, a espécie está na categoria de “quase ameaçada” quanto ao risco de extinção e tem hábitos migratórios. “Elas, anualmente, vêm de regiões frias como a Antártida, onde se alimentam, para se reproduzir em águas quentes do litoral brasileiro. Ocorrências semelhantes foram registradas durante os últimos anos de monitoramento no Paraná, mas esta é a primeira vez que o animal é avistado em área interna da baía”, explica a UFPR.

ORIENTAÇÕES À POPULAÇÃO E TURISTAS 

Equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da UFPR atuando na baía de Paranaguá (Foto: Laboratório de Ecologia e Conservação/UFPR)

A Portaria n.º 24 /2002 expressa em seu artigo 2.º: “É vedado a embarcações que operem em águas jurisdicionais brasileiras: aproximar-se de qualquer espécie de baleia com motor engrenado a menos de 100 metros de distância do animal mais próximo, devendo o motor ser obrigatoriamente mantido em neutro, quando se tratar de baleia Jubarte Megaptera novaeangliae”, informa a norma.

Segundo os pesquisadores da UFPR, o respeito a tais requisitos é algo essencial para garantir a proteção do animal, assim como para a segurança das embarcações. “Pedimos a ajuda de todos para aproveitarem este momento maravilhoso de ocorrência de uma baleia em nossas águas paranaenses, com respeito ao animal e com os cuidados à segurança de todos”, destaca a professora Camila Domit, coordenadora do Laboratório e de ações de pesquisa e conservação de baleias e golfinhos no litoral do Paraná.

“A orientação, caso alguém aviste uma baleia, tartaruga, golfinho, lobo-marinho ou ave marinha morta ou debilitada, é entrar em contato com a equipe pelo telefone 0800 642 3341 (Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos), ou diretamente no Centro de Estudos do Mar pelo número (41) 3511-8685”, informa a UFPR.

LOBO-MARINHO-DO-SUL E BALEIA MINKE

No sábado, 20, além do avistamento da baleia jubarte, equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos e da UFPR foram acionadas ao final do dia  para atendimento a um encalhe de uma baleia registrada morta. No domingo, 21, populares acionaram o grupo para atendimento da chegada de um lobo-marinho-do-sul (Arctocephalus australis) vivo em praia de Matinhos.

“O lobo-marinho-do-sul encontrado descansando na faixa de areia no Balneário Ipacaraí é um juvenil, e possivelmente o mesmo animal que as demais bases do PMP-BS acompanham desde o Estado de Santa Catarina. A espécie possui o hábito migratório e na época do inverno se desloca do sul da Argentina e do Uruguai ao longo da costa brasileira, em busca de alimento. É comum que ao longo do trajeto a espécie pare na faixa de areia para descanso e, com frequência, é avistada nas praias dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo”, explica a assessoria. 

Em conjunto com a Guarda Municipal de Matinhos, os pesquisadores isolaram a área em que está o lobo-marinho e orientaram moradores e turistas sobre a ocorrência e ações de proteção ao animal ao encontrá-lo na praia. “Como o animal estava com boa condição de saúde, os médicos veterinários do PMP-BS o mantiveram na praia apenas sob supervisão. Conforme informações da equipe, caso o animal demonstrasse um quadro de debilitação, seria manejado e deslocado para o Centro de Reabilitação e 
Despetrolização de Fauna Marinha da UFPR”, informa a UFPR.

“Foi um fim de semana bastante intenso de monitoramento de fauna marinha, possivelmente pela entrada de ventos fortes, que puderam ser observados em nosso litoral durante estes dias”, destaca a bióloga Camila Domit.
Todas as ações do LEC da UFPR, com vídeos e fotos, podem ser acompanhadas no Facebook pelo link: https://www.facebook.com/LecLaboratorioDeEcologiaEConservacao .

Lobo-marinho-do-sul esteve em praia de Matinhos (Foto: Matinhos Agora./Facebook)

 

*Com informações da Assessoria da UFPR.
 

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