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Meio Ambiente

3,7 toneladas de lixo são retiradas dos manguezais de Paranaguá

Volume de resíduos coletados entre janeiro e setembro de 2018 já é 560% maior do que o total coletado em 2017.

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Mais de 3,7 toneladas de lixo foram retiradas dos manguezais existentes na região de Paranaguá, somente neste ano.  Com isso, o volume de resíduos coletados entre janeiro e setembro de 2018 já é 560% maior do que o total coletado em 2017. O aumento é resultado da intensificação dos mutirões de limpeza realizados, de forma conjunta, pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e empresas que integram a Comunidade Portuária.

Desde 2016, quando a Appa deu início ao programa de Monitoramento de Manguezais e passou a realizar mutirões bimestrais para limpeza das áreas, foram 4,9 mil quilos de lixo retirados do meio ambiente. “As ações são feitas em parceria entre a autoridade portuária, setor privado e comunidade local. Reunimos cerca de 480 pessoas em 34 atividades, recebendo o apoio de voluntários, principalmente neste ano”, conta o diretor-presidente da Administração, Lourenço Fregonese.

Regularmente são feitas limpezas nos mangues do Rocio e Oceania, além da Ponta da Pita, em Antonina. Em 2018, porém, mutirões especiais foram feitos em comunidades ilhadas e as margens do Rio Itiberê.

MANGUEZAIS: A quantidade de lixo coletado indica que ainda é preciso conscientizar mais pessoas para a proteção dos mangues. “Os manguezais são importantes por serem ricos em matéria orgânica, servindo como fonte de alimentação e abrigo para diversas espécies marinhas, especialmente no período de reprodução. Manter estas áreas limpas contribui para a proteção de todo o ecossistema da região”, explica o diretor de Meio Ambiente da Appa, Bruno Guimarães.

Além da limpeza, a administração dos portos paranaenses avalia o desenvolvimento das árvores e os processos de erosão na áreas de mangue. Ao todo, são monitoradas 564 árvores das espécies mangue-vermelho (Rhizophora mangle), mangue-negro (Avicennia shaueriana) e mangue-branco (Laguncularia racemosa).  Os técnicos acompanham dados como crescimento e diâmetro, avaliam impactos naturais – como a ação das correntes marítimas, e possíveis impactos decorrentes da ação humana.

A Appa acompanha o estado de conservação dos bosques de mangue em cinco áreas representativas entorno do Complexo Estuarino de Paranaguá: Rocio, Oceania, Amparo, Ilha do Mel e manguezais no entorno do Porto de Antonina.  As análises são trimestrais e usam equipamentos e registros fotográficos para acompanhar o crescimento ou a estabilidade da vegetação.

Outra ação analisa a erosão (saída de sedimentos) ou sedimentação (chegada) nos manguezais. Os processos acontecem naturalmente no ambiente, mas podem ser intensificados pela interação humana. Por isso, a Appa realiza visitas a cada quatro meses, no mínimo, em mangues e praias de Amparo, Encantadas, Maciel, Oceania, Piaçaguera, Rocio, e no entorno do Porto de Antonina.

“Os dados obtidos nos permitem realizar ações de manejo e preservação, além de subsidiar programas de comunicação social e educação ambiental junto com a população”, revela Guimarães.

 

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