Por Yassin Taha, deputado federal, Loja Maçônica Perseverança.
13 de julho de 2019
Está intrinsecamente relacionado aos princípios de nossa Sublime Ordem que propaga ser uma escola formadora de líderes. Como sabemos, o exercício da liderança representa um ônus elevado, pois, além da responsabilidade inerente, o comportamento é fundamental pelo exemplo que sua imagem passa aos seus seguidores. Temos que praticar fora do Templo o que aprendemos na Maçonaria.
Ao ingressarmos em nossa instituição, juramos o respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que a regem, bem como, o amor à Pátria, crença no G\A\D\U\, que é Deus, respeito aos governos legalmente constituídos e acatamento às leis do nosso País. Por esta razão, espera-se que o maçom reitere seu juramento com sua presença nas reuniões maçônicas e se dedique, de corpo e alma, à prática da moral, da igualdade, da solidariedade humana e da justiça, em toda a sua plenitude.
Destacamos, resumidamente, como essenciais à formação do templo interior de cada maçom, os ensinamentos a seguir que recebemos através dos estudos desenvolvidos nos vários graus maçônicos.
SABEDORIA O somatório dos conhecimentos adquiridos durante nossa existência pela experiência própria ou através dos ensinamentos recebidos devem nos orientar no sentido que, antes de tomarmos uma decisão, precisamos avaliar o quanto conhecemos do fato, se é a verdade e se irá trazer algum benefício, ou seja, devemos usar o princípio das “peneiras da sabedoria”.
Podemos pressupor que todos os maçons tenham o domínio sobre o saber necessário para comportar de forma digna em todos os momentos, sejam eles profanos ou maçônicos, mas precisam lembrar-se, sempre, que é mais fácil sucumbir ao vício, que aprimorar a virtude.
Cultuamos a Sabedoria, O Profeta Moisés disse.... “O que o Deus Eterno ordenou é isto: Quando alguém prometer dar alguma coisa ao Eterno ou jurar que fará ou deixará de fazer qualquer coisa, deverá cumprir a palavra e fazer tudo o que tiver prometido”. Na procura da Sabedoria Jesus disse: “Nossas atitudes escrevem nosso destino. Nós somos responsaveis pela vida que temos. Culpar os outros pelo que nos acontece é cultivar a ilusão. A aprendizagem é nossa e ninguém poderá fazê-la por nós”, e o Profeta Mohamad disse: "Quem busca o conhecimento e o acha, obterá dois prêmios: um por procurá-lo, e outro por achá-lo. Se não o encontrar, ainda restará o primeiro prêmio”.
A Maçonaria nos ensina a Tolerância, é das virtudes maçônicas, a mais enfatizada, pois significa a tendência de admitir modos de pensar, agir e sentir que diferem entre indivíduos ou grupos políticos ou religiosos. Muitas vezes confundimos tolerância com conivência. Tolerância é a habilidade de conviver, com respeito e liberdade, com valores, conceitos ou situações que, nem sempre, concordamos, portanto, há convivência, mas não há, obrigatoriamente, concordância. Conivência é a convivência em que, mesmo não concordando com certos valores, conceitos e situações, deixamos de expressar nosso parecer desfavorável, não refutamos mesmo que só em pensamento e, não reprovando, estamos tacitamente autorizando, aceitando, gerando cumplicidade.
É preciso praticar a tolerância com a família, amigos, no trabalho, bem como na sociedade em geral, pois um dos postulados em que a Maçonaria se fundamenta e dado inclusive como exigência, como fundamento: “Exigir a tolerância com toda e qualquer forma de manifestação de consciência, religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam de conquistar a verdadeira moral, a paz e o bem-estar social”.
A tolerância também está ligada à democracia, pois a tolerância nos faz admitir, que nosso voto seja vencido, acabando-se os argumentos, feita a votação; o resultado tem que ser respeitado e apoiado para o bem da causa maior, isso nos parece que seja um sentimento, ou melhor dizendo, uma atitude tolerante. Mahatma Gandhi afirmou: Desconfie das pessoas que vendem ferramentas, mas que nunca as usam, ou seja, como pregamos tolerância se dela não fazemos uso. Portanto a prática da tolerância é indispensável para todo aquele que a exige.
Dentro da Maçonaria não é diferente, entendemos que a tolerância está ligada, como ponto de partida às concessões feitas para preservar as engrenagens da Ordem, que admite e respeita as opiniões contrárias.
O Maçom busca o Bem pelo cultivo das virtudes e pelo abandono dos vícios. Tenta polir constantemente a sua pedra bruta reforçando a sua virtuosidade e reprimindo conscientemente os seus defeitos. Pela autodisciplina livremente imposta a si mesmo, torna-se também exemplo para seus pares, colaborando para o progresso moral daqueles que com ele interagem.
Yassin Taha
Deputado Federal GOB