Em 21 de março de 1837 foi criada a primeira Loja Maçônica do Estado do Paraná, a “UNIÃO PARANAGUENSE”; seus fundadores os Maçons: Manoel Francisco Correia Junior, Manoel Antonio Pereira Filho e José Joaquim da Cunha Viana. A Loja funcionou em um prédio alugado, localizado na Rua do Fogo (hoje Vieira dos Santos). Em 1847 mudou-se para um prédio próprio sito à Rua da Misericórdia (hoje Dr. Leocádio). A UNIÃO funcionou até o ano de 1848. Com o desaparecimento da “UNIÃO PARANAGUENSE” houve a fundação em 1857 da Loja “FRATERNIDADE PARANAGUENSE”, formada por maçons oriundos da UNIÂO. A mencionada Loja encerrou suas atividades em 1863. Em 5 de maio de 1864, os Irmãos: Alexandre Furton Bousquet, Lourenço Correia Pereira, Joaquim Soares Gomes, Leocádio Pereira da Costa, Antonio Martins da Silva Guimarães, José Ferreira de Freitas Maia, Lourenço Machado da Silva, Manoel Gomes de Castro, João Antonio Xavier, Joaquim Pereira Leite Guimarães, Joaquim Pinto de Almeida e Carlos Augusto César Plaisant, fundaram a Augusta e Respeitável Loja Simbólica Perseverança. Recebeu do Grande Oriente do Brasil o numero de registro 159. A Perseverança funcionou a princípio em um prédio localizado à Rua das Flores (Silva Lemos), atualmente Hugo Simas. Posteriormente em 1865 a Loja mudou-se para um sobrado de propriedade do Maçom TRISTÃO EUCLIME d’WALDUVAL, sito a Rua do Ouvidor (hoje Faria Sobrinho), pagando o aluguel de 15$000 (quinze mil reis) mensais. O mencionado sobrado foi adquirido em 1867, pela importância de um conto e oitocentos mil reis, sendo estabelecida uma entrada de quinhentos ou seiscentos mil reis e o restante seria pago no prazo de dois anos. A compra do prédio foi registrada em escritura pública, datada de 30 de julho de 1867. A Loja Perseverança desde 1865 vem realizando suas reuniões no mesmo endereço (Rua Faria Sobrinho nº 824). Segundo o historiador maçônico, Irmão Hercule Spoladore, em sua obra “Historia da Maçonaria Paranaense no Século XIX”, afirma que a ação abolicionista no Paraná se originou na Loja Maçônica Perseverança. Em 18 de janeiro de 1868 foi aprovada uma proposta apresentada pelo Venerável Dr. Alexandre Bousquet, na qual estabeleceu “que todos os fundos, tanto da tesouraria como de beneficência da Loja, que excedessem de seus gastos e todo o saldo de ambos os cofres, será empregado em libertar escravos de qualquer cor, unicamente do sexo feminino, que não tenham mais de quatro anos de idade e de idade menor”.
Em 30 de janeiro de 2012, conseguimos através do Irmão Francisco José da Silva Pinto, uma certidão de transcrição de transmissão, onde constam as características do registro de Escritura Pública do sobrado, (compra e venda), datado de 30/07/1867.
OSMAR DA LUZ
M.’.I.’. Perseverança
Yassin Taha
Deputado Federal
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