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“Político mais popular do mundo” teve sua prisão decretada

A imprensa estrangeira, que tanto fitava o líder brasileiro, havia mudado radicalmente o tom

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Em abril de 2009, o presidente Barack Obama referindo-se a Lula, disse: “Esse é o cara. Eu amo esse cara. Ele é o político mais popular do mundo.” Pouco tempo depois, a revista Newsweek publicou a seguinte manchete: “O brasileiro Lula: o político mais popular do mundo”. Lula estava em Nova York para a Assembleia da ONU, e a revista afirmava que as câmeras poderiam estar focando Barack Obama, “mas a maior estrela será o ex-torneiro mecânico barbudo e brusco: o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva”.

Exatos nove anos depois, o “político mais popular do mundo” teve sua prisão decretada. A imprensa estrangeira, que tanto fitava o líder brasileiro, havia mudado radicalmente o tom.

A revista britânica The Economist retratou a ascensão e queda do Brasil com suas capas do Cristo Redentor, decolando em 2009, e caindo em 2013. “Em relação a políticas sociais inteligentes e aumentar o consumo doméstico, o mundo em desenvolvimento tem muito mais a aprender com o Brasil do que com a China” dizia a revista do Cristo em alta. “A primeira coisa a dizer é que uma vitória para o senhor da Silva seria um triunfo para a democracia brasileira. Em uma região que foi governada durante muito tempo por generais ou aristocratas, isso seria impensável pouco tempo atrás. A história de vida de Lula é uma saga de mobilidade social digna de uma novela.”

Após a decisão do Supremo que tornava inevitável a prisão de Lula, mas ainda antes da ordem do juiz Sergio Moro, a mesma revista dizia que a longa pena poderia começar a qualquer momento, e parecia “desproporcional”, indicando que a prisão seria histórica para a democracia brasileira, mas concluía em defesa da operação lava jato. “A despeito dos riscos e falhas, a ofensiva anticorrupção é um avanço”.

Em 2010, o Financial Times, na véspera da vitória de Dilma na eleição, dizia que “aparentemente, o Brasil nunca esteve tão bem”. O colunista Rachman, comparava Lula a Mandela. “Os mitos Mandela e Lula têm algo em comum. Em ambos os casos, uma emocionante luta pessoal se fundiu a uma envolvente história nacional, transformando um único homem em um símbolo potente da transformação de um país.”

Este mesmo Financial Times nesta quinta-feira, comemorava a condenação de Lula, afirmando que ela demonstra que “ninguém está acima da lei no Brasil”. “E Lula tampouco é o santo que frequentemente dizem que ele é”.

O fato é que é lamentável um ex-presidente da República ser conduzido à prisão. Mas o Estado de Direito prevaleceu, e não importa quão alto alguém possa chegar, nunca estará acima da justiça. Que Deus abençoe o futuro do nosso Brasil.

Paulinho Oliveira é cientista político, administrador de empresas, bacharelando em Direito, empresário, secretário municipal de Saúde e Prevenção da Prefeitura de Paranaguá e presidente estadual da juventude do PODEMOS no Paraná

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