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Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

Origens da comemoração do Carnaval

O Carnaval é uma festa comemorada nacionalmente de diversas formas (desfiles das escolas de samba, trios elétricos, os bailes).

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O Carnaval é uma festa comemorada nacionalmente de diversas formas (desfiles das escolas de samba, trios elétricos, os bailes). No entanto, caberia a pergunta: Onde se originou a comemoração do Carnaval? Apesar de não ter uma resposta fácil, alguns indícios e informações nos ajudam a conhecer um pouco da sua origem.

A origem da festa remonta à Antiguidade.  Na Grécia Antiga, as divindades eram homenageadas em rituais que incluíam brincadeiras e o ato de se fantasiar. Para a grande festa em honra à deusa Artemis, os visitantes realizavam sacrifícios e desfiles. No Antigo Egito, a procissão do boi Ápis era celebrada à beira do rio Nilo, na qual um touro enfeitado era seguido por grupos fantasiados e mascarados. Na Roma Antiga, as Saturnálias e as Lupercálias eram festas que duravam dias e eram comemoradas com comidas, bebidas e danças.  Na Idade Média, essas festividades, sobretudo, as saturnálias e lupernálias, consideradas pagãs pela Igreja Católica, passaram a ser incorporadas aos últimos dias que antecediam a Quaresma.

Do Velho Mundo ao Novo Mundo, os europeus trouxeram consigo suas crenças, religião e costumes, dentre os quais, a prática de se festejar o período que antecede a Quaresma.  De acordo com Felipe Ferreira no Livro de Ouro do Carnaval, das terras lusitanas para o Brasil, os portugueses trouxeram o Entrudo, prática que envolvia festejos e brincadeiras de molhar com água e jogar farinha, areia e pó nas pessoas que participavam. Apenas no século XIX, que começa a se moldar a forma de Carnaval como popularmente conhecemos. De acordo com Felipe Ferreira, no século XIX, as elites nacionais numa tentativa de civilizar o Carnaval importam um modelo europeu de festejo Carnavalesco, “mais organizado”, com desfiles de carruagens, procissões e carros alegóricos carregados de pompa, luxo e originalidade. Sagrados ou profanos, esses cortejos incorporavam costumes populares, o que incentivava a participação direta do povo. Desse modo, mesmo não podendo ser considerados como eventos Carnavalescos, as procissões e cortejos prepararam o espírito do povo brasileiro para a nova folia trazida pela burguesia (FERREIRA, 2004, p.155).

Nos dias atuais, apesar de muita coisa ter mudado, todos os anos há quem conte os dias para a tão esperada semana de Carnaval, a espera de uma festa onde se deve reinar a alegria e a felicidade. Os corações continuarão a bater no ritmo dos tambores, os olhos irão brilhar ao ver os desfiles, se emocionar ao som dos samba enredo e da bateria (…) O tempo passa, mas a alegria de festejar o Carnaval nunca irá sair de cena.

 

Priscila Onório Figueira

 

 

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