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Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

Eternamente Maestro Cazuza

O ambiente musical propiciado pelos pais Caetano José de Lima e Amphiloquia de Miranda Lima, deu ao menino José os primeiros contatos musicais.

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Certamente, falar do Maestro Cazuza evoca saudades e bons sentimentos daqueles que ouvem as suas composições. José Itiberê de Lima ou “maestro Cazuza” como é citado em notícias de jornais, livros, relatos e crônicas das décadas iniciais do século XX, nasceu no ano de 1891, na cidade de Paranaguá. O ambiente musical propiciado pelos pais Caetano José de Lima e Amphiloquia de Miranda Lima, deu ao menino José os primeiros contatos musicais. E assim, nas primeiras lições de piano foi surgindo uma paixão, uma curiosidade de aprender cada vez mais.

Conforme foi crescendo o jovem José alimentava um sonho, queria se aperfeiçoar e cursar piano no Conservatório de Música do Rio de Janeiro. No entanto, a morte repentina de seu pai e as dificuldades financeiras da família fizeram com que o jovem Cazuza não conseguisse se formar e realizar o seu sonho. Tantas dificuldades não o impediram de se destacar e continuar a fazer aquilo que mais gostava: tocar piano, fazer música e criar suas composições.

De Sol a Sol, Maestro Cazuza participava ativamente da vida social e musical de Paranaguá. Sempre estava presente nas festividades dos clubes locais, alegrando os jantares dançantes, regendo orquestras.  Além das dificuldades financeiras, as referências ao maestro Cazuza também mencionam que ele sofreu com muitas enfermidades que o acometeram ao longo da vida. Apesar de tanto sofrimento e de tantas privações, ele nunca deixou de tocar com alegria. Em março de 1935, compôs uma de suas últimas músicas chamada “Enise”, valsa que dedicou a filha de um amigo. Dois meses depois, ele faleceu e deixou uma tristeza imensa em todos que o conheciam. Cesura…

Uma história de um homem humilde, pobre, mas também de um homem apaixonado pela música. O piano ficou em silêncio por um longo tempo, mas dali a alguns meses, anos, décadas, as suas canções seriam executadas novamente e então, os lares, teatros e auditórios seriam novamente irradiados de paixão, de sinfonias e de amor. Sentimentos que ainda podem ser sentidos quando escutamos suas composições, as suas valsas que a cada compasso e a cada nota revelam o amor de um musicista apaixonado pela sua arte….

Priscila Onório Figueira

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