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Giordano Reinert

Desafio da baleia azul

Nossa sociedade parece estar ruindo… Economia em colapso, crise política sem precedentes em razão das revelações colhidas na Delação do Fim do…

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Nossa sociedade parece estar ruindo… Economia em colapso, crise política sem precedentes em razão das revelações colhidas na Delação do Fim do Mundo protagonizada pelos anjos da Odebrecht, os índices de criminalidade batendo recordes diários, e, recentemente, mais uma preocupação – o Desafio da Baleia Azul! Parece piada, mas é real, e vem vitimando diversos jovens pelo mundo afora.

A situação inédita tomou contornos policiais, uma vez que estão sendo criadas forças tarefas aqui no Paraná e em outros Estados para investigar os recorrentes casos de suicídio e tentativas de suicídio. 

Este jogo chamado inocentemente de Baleia Azul pareceu estar mais perto da nossa realidade local, do que imaginamos, com base no alerta da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, que deixou a população assustada: foram registradas cinco tentativas de suicídio de adolescentes na mesma madrugada, e pasmem, até em Paranaguá aparentemente temos um possível caso, segundo relato de uma pediatra do meu círculo de amizade.

Por que Desafio da Baleia Azul? Segundo o levantamento da Polícia Federal, o nome do jogo teria relação direta com o comportamento suicida de baleias, que em certas circunstâncias forçam o encalhe coletivo em praias. O jogo que se disseminou pelo mundo surgiu na Rússia, em 2015, quando uma jovem de 15 anos se atirou de um edifício, e logo depois, uma outra de 14 anos se jogou nos trilhos de trem da cidade de Ussuriysk. Após investigar, a polícia russa ligou os fatos a um grupo que participava de um desafio com 50 missões, sendo a última delas acabar com a própria vida. A partir daí, foram relatados cerca de 130 suicídios na Rússia até abril de 2016, quase todos atribuídos a integrantes do mesmo grupo na internet.

O modus operandi para arrebanhar as vítimas (normalmente adolescentes) é simples, uma vez que o público alvo é convocado para grupos fechados no Facebook e no WhatsApp para participar do Jogo da Baleia Azul, que consiste em cumprir desafios pré-estabelecidos por curadores, que normalmente também são adolescentes com perfis falsos nas redes sociais. Entre as missões ou tarefas, estão mutilar os braços com facas, assistir filmes de terror na madrugada e, na tarefa final, cometer suicídio.

Infelizmente, este jogo acaba por aguçar a curiosidade de jovens durante uma fase crítica de suas vidas normalmente eivadas de casos de amor não correspondido, problemas familiares, dificuldades na escola, rejeição, bulling, luto na família, saúde mental, falta de oportunidades, desemprego, uso de drogas, entre outros, levando os mesmos a começarem a viver uma realidade virtual que pode culminar em morte.

Os “curadores”, ou seja, os administradores do jogo são “lobos cibernéticos” que buscam suas presas nas redes sociais, normalmente através de informações pessoais deixadas on-line por elas próprias, ou através de grupos de autoajuda, discussões de suicídio, entre outros.

Diante deste quadro nefasto, onde a internet e as redes sociais viraram terra de ninguém, devemos tomar um cuidado muito maior no controle e acompanhamento dos nossos filhos e netos, uma vez que os canais para a maldade estão todos abertos. Hoje a Baleia Azul está sendo discutida em diversos lares, amanhã podemos estar e discutindo a associação de adolescentes no PCC ou no Estado Islâmico, com tarefas muito mais perigosas para a nossa sociedade. Que Deus nos proteja!

 

 

 

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