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Fábio Campana

Supersalários enrustidos

A resistência da UEM (Universidade Estadual de Maringá) em integrar ao sistema de gestão da folha de pagamento do Estado esconde os supersalários pagos na universidade

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A resistência da UEM (Universidade Estadual de Maringá) em integrar ao sistema de gestão da folha de pagamento do Estado esconde os supersalários pagos na universidade. Há 40 servidores que recebem acima do teto constitucional (de R$ 33,7 mil), o que inclui o salário do reitor Mauro Baesso. Se não é pouco, baixa-se esse teto para acima de R$ 25 mil (são 81 servidores), acima de R$ 20 mil (448 servidores), acima de R$ 15 mil (1.042 servidores) e acima de R$ 10 mil (1.084 servidores).
A média salarial dos 4.133 servidores da UEM é de R$ 11,3 mil. A média salarial do trabalhador brasileiro oscila entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil. A folha de pagamento da universidade é R$ 46,7 milhões mensais – o que corresponde a 95% do seu orçamento, ou seja, do dinheiro repassado pelo Estado para a instituição. Com isso, falta recursos para obras, pesquisa, extensão, manutenção, reformas, entre outras demandas comum de uma escola do ensino superior no país.

A falcatrua

Como a UEM esconde supersalários? É simples, parte dos servidores recebe um salário base e complementa seus ganhos na folha com uma série de auxílios e penduricalhos. Há exemplos no portal de transparência do Estado. Uma agente universitária que recebeu em dezembro R$ 71.802,72 (valores acrescidos de 13.º salário e/ou eventuais férias). Mas a mesma servidora recebeu R$ 115.368, em 22 em agosto de 2017 de salários, o que inclui R$ 68.977,44 classificados como “valores retroativos”. Em setembro de 2017, a mesma servidora recebeu R$ 302.958,84 de salários (R$ 248.655,94 de valores retroativos). Pode?

Novo secretário

Foi confirmada a saída de Wagner Mesquita da Secretaria de Segurança Pública. O novo nome, como a coluna havia antecipado, é Julio Reis, delegado da Polícia Civil. Para a direção geral da Secretaria, o Coronel Arthur, da PM.

Julgamento próximo

Edson Fachin, ministro do STF, liberou para revisão seu voto em ação penal em que Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo são réus pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, na Operação Lava Jato. Agora, caberá ao ministro Celso de Mello concluir a revisão e liberar a ação para o julgamento, que deve ocorrer ainda neste ano na Segunda Turma da Corte.

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