Não se fala em corda em casa de enforcado. Cheio de preocupações com a Justiça, Michel Temer completou dois anos de Governo com 42 discursos e declarações à imprensa. Destas, em apenas duas ocasiões usou o termo “corrupção” e sendo que em uma delas foi num evento intitulado “Governança democrática e a luta contra corrupção”.
Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional, instituição responsável pelo levantamento explica: “É quase impossível que o tema seja tratado de uma maneira propositiva, direta, aprofundada, por um Governo, ele próprio, com tantas acusações de corrupção. Então, a melhor tática de comunicação é evitar ao máximo o tema”.
Chabu na Assembleia
O conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná, Nestor Batista, está na lista dos inimigos do deputado estadual Hussein Bakri. Ou vice-versa. Depois da suspensão de uma obra da Sanepar em União da Vitória determinada por Batista, Bakri subiu na tribuna da Assembleia Legislativa e acusou: "Correm versões de que a decisão não teria cunho republicano". Não parou por aí, o deputado acusou o genro do conselheiro, um empreiteiro, de ilicitudes em um contrato com a Copel, pedindo que o TC-PR tomasse providências a respeito. Tudo indica que teremos uma longa batalha judicial pela frente.
Na luta
Na tarde de ontem, antes de saber que já havia data para que o STF julgue a ação penal em que é acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Gleisi aproveitou o palco do Senado para dizer que estava disposta a “lutar com Lula”. Hoje, as redes sociais não perdoaram e circula por aí vários memes a mostrar ambos lutando juntos. Na cadeia.
Um militar no comando do Ministério da Defesa
Assessores e auxiliares foram contra, mas Michel Temer escalou pela primeira vez, desde que foi criado em 1999, um militar para o comando do Ministério da Defesa. Foi efetivado hoje o general do Exército Joaquim Silva e Luna, que ocupava o cargo de forma interina desde fevereiro. De lá para cá, Temer procurou um nome civil para a pasta, sem alternativas, ficou com o general.