Fabio Campana

Lista do Janot

 A "lista de Janot", enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal para autorização de investigação, teve mais 22 nomes de políticos revelados na quarta-feira. De acordo com reportagem da TV Globo, estão na lista o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, além de cinco governadores, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), Renan Filho (PMDB-AL), Fernando Pimentel (PT-MG), Tião Viana (PT-AC) e Beto Richa (PSDB-PR), quatro senadores, Lindbergh Farias (PT-RJ), Jorge Viana (PT-AC), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Lídice da Mata (PSB-BA), e cinco deputados federais, Marco Maia (PT-RS), Andrés Sanchez (PT-SP), Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Paes Landim (PTB-PI).

O governador Beto Richa contratou advogado para defendê-lo e diz que provará que todos os seus atos são lícitos. Ele apareceu ao lado de outros 21 políticos em lista que Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República, teria encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. A lista, sigilosa, vazou em parte mais uma vez, e foi divulgada pela TV Globo e pela Folha de São Paulo.

Richa nega

Richa negou, em entrevista a jornalistas, hoje pela manhã, que recebeu dinheiro da Odebrecht para a sua campanha. E que o dinheiro recebido pela sua campanha foi integralmente declarado. Por isso, acredita que não terá problemas. “E acredito que assim como vários outros investigados já tiveram seus processos arquivados, que o meu processo terá o mesmo destino”, disse.

Mudança imediata

A Comunicação Social de Beto Richa volta ao controle do grupo que a comandou na maior parte de seus governos, desde os tempos remotos da Prefeitura até o ano passado no governo do Estado. Sai Márcio Villela, que ocupou a pasta por curto período, e entra o comando de Deonilson Roldo, condottiere do governo e que ao assumir poderá instalar como preposto operacional na prática o seu ajudante de ordens Anselmo. A mudança colocaria em sintonia e perfeita integração a comunicação social do governo e a da Prefeitura de Curitiba, onde reina Marcello Cattani.

Fachin decide

O ministro-relator da Lava Jato, Edson Fachin, que decidirá pela abertura ou não de ação penal contra o governador Beto Richa (PSDB) é do Paraná e conhece muito bem o quadro político nativo.

---

A responsabilidade de artigos assinados e as opiniões neles expressas não refletem necessariamente as opiniões deste portal. A responsabilidade do autor se estende à correção ortográfica e demais regras gramaticais da língua portuguesa.