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Paraná Sup Adventure 200k: Uma travessia de Paranaguá até Iguape a remo

Leandro, Leo Pielak, Jesse e Joca no Tutoia, que foi o palco em Paranaguá da largada até Iguape

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Quatro amigos, quatro pranchas a remo e o mínimo de bagagem a bordo de suas pranchas de stand up paddle. Com uma programação de apenas 2 meses, o grupo formado por Léo Pielak, Jessé Pedro, Leandro Teodoro e Joca Dias realiza uma longa travessia saindo de Paranaguá-PR chegando em Iguape-SP sem apoio, totalizando 202,14 km percorridos no tempo de 31 horas, 33 minutos e 59 segundos.

A travessia foi idealizada por Léo Pielak, em uma das suas remadas solo até Guaraqueçaba, desde o ano passado quando realizou mais de 120 km até Cananeia-SP. “Sabíamos  que era possível fazer sem apoio, navegando pelos rios e alcançando outro Estado. A baía de Paranaguá é extensa, se une às demais formando um acesso entre Estados”, relata Léo Pielak.

Dia 26 de setembro largando de Paranaguá, a chuva, o frio e o vento eram constantes e ainda a falta de visibilidade logo nos 5 km de percurso. “O porto pouco aparecia, a Ilha do Mel muito menos. Com a forte neblina fomos direto para Ilha de Piaçaguera ter a costa como referência. As bagagens, apesar de reduzidas, dificultavam a estabilidade, uma questão de  tempo, o vento que até então seria um problema na verdade virou uma ajuda constante que nos levou por um downwind por mais de 20km. Com parada programada na Ilha da Banana, local para um breve café foi o momento para arrumar as bagagens. No km 30 uma breve parada para o almoço na ilha de Guapecum ainda no litoral paranaense, recebidos por Rubens, morador na Ilha”, destaca Léo Pielak, que com Jessé ficou no preparo do almoço.

Ilha do Cardoso, São Paulo, após 75km

“Com o mar calmo e as condições de mares favoráveis partimos, pois tínhamos a alternativa de tentar alcançar São Paulo já no primeiro dia, mas pernoitamos em Vila Fátima-PR, ficando próximo do Canal do Varadouro divisa dos Estados. Uma breve parada na Ilha de Tibicanga para repor água e nos alimentarmos, então atravessamos a baía dos Pinheiros não imaginávamos que a recepção em Vila Fátima seria tamanha pela família de Cristiano e D. Tereza, que ofereceram um jantar mais que necessário e muito receptivo com peixe da região. Alcançamos o km 50”, relata Léo.    

Cidade de Cananeia, São Paulo, após 120km

No dia 27, às 6h, após um belo café em Vila Fátima despediram-se e partiram em direção ao Estado de São Paulo, logo à frente o Canal do Varadouro aberto em 1.950 pelo homem, unindo os dois Estados formando o Parque Nacional de Superagui. “Nos despedimos do canal do varadouro e logo chegamos em Ariri, serpenteando pelos calmos rios da região. Com vento contra seguimos até a cidade fantasma de Ararapira na divisa, hoje com apenas uma igreja resistindo ao tempo vai aos poucos a história sendo arrastada pelas águas passávamos dos 73 km. Seguimos para Ilha do Cardoso, mas atrasados às 13h30 deixamos a ilha  pela frente 35km até Cananeia, aproveitamos o downwind por todo o trajeto, chegamos às 17h15 na Ilha da Casca, e às 18h na ponta de Cananeia, já abrigado na costa. Pernoitamos em Cananéia-SP batendo os 120km”, enfatiza Léo, destacando que foram atendidos pelo Rafael em seu restaurante muito bem decorado, onde jantaram à beira-mar.

No dia 28, o grupo saiu às 11h de Cananeia. O vento Leste forte persistia pela frente.“Apenas 30 km optamos por fazer um percurso menor e seguiríamos até Balneário Pedrinhas em Ilha Comprida em sua extensão de 70km de praia por um lado e pelo outro rio. Chegamos em um pequeno vilarejo chamado Juruvauva e por lá à beira-mar almoçamos. Às 17h, chegamos em Pedrinhas, onde nos foi oferecida uma casa pelo local Wilson e recepcionados no píer central pelo diretor de Planejamento Urbano da Prefeitura de Ilha Comprida, Pérsio”, comenta Léo.

Após 150km sendo recepcionado no píer de balneário Pedrinhas por Pérsio, diretor de Planejamento de Ilha Comprida, São Paulo

No domingo, 29, foi a última pernada, 50 quilômetros finais contra a maré, inicialmente os remadores trocaram de margem, em duro percurso serpenteando o Rio Ribeira alguns jacarés nas margens e muitas aves com suas diferentes colorações,  biguás e botos os acompanhando.

“Alcançamos o marco encontro das águas demarcadas com uma baliza, logo à frente, o cemitérios dos índios com uma igreja muito bem conservada, ponto de visitação para quem faz esse trajeto. Iguape se aproximava. O vento nos arrastava para cima da vegetação na margem direita, aos poucos na chegada o grupo foi se dispersando e cada um aplicando sua melhor estratégia para contornar a corrente. Por volta das 15h30, entramos no rio que banha a cidade na direção da Basílica de Bom Jesus de Iguape muito famosa por seus devotos. Encerramos nossa travessia. Recebidos pelo padre local acompanhamos a missa contando um pouco da nossa viagem retornando de carro com Duda Goterra para nossa cidade".

Após 200km, na Basílica de Bom Jesus de Iguape

“Tive o prazer em fazer essa viagem, a qual todos os anos meus familiares fazem de barco. Agora foi minha vez a remo”, destaca o iniciante Leandro Teodoro.

Grupo foi recepcionado pelo Padre Fridianuss Ati da Basílica de Bom Jesus de Iguape – SP

“Agradecemos a Deus, em nossa longa travessia, a todas as famílias que nos receberam ao longo do trajeto”, comenta Joca Dias.

 

Parte do grupo Paraná Sup Adventure segue para próxima sup travessia em Minas Gerais.

 

Com informações de Léo Pielak

Fotos: Arquivo Pessoal

 

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