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Natal 2021

Psicóloga fala sobre a saúde mental no mês de dezembro

Ansiedade, cansaço e irritação podem ser características da síndrome do fim do ano

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As festas de fim de ano são aguardadas por muitas pessoas, seja pela reunião familiar, pelas confraternizações e pela magia que muitos afirmam sentir nessa época. No entanto, toda essa excitação pode se transformar em cobrança. Afinal, todos estão realmente felizes neste período do ano? Muitos não se identificam com esses sentimentos e são tomados pela correria no mês de dezembro, se sentem mais ansiosos, cobrados e exaustos. Esse fenômeno é chamado de síndrome do fim do ano e até de “dezembrite”.

A psicóloga em Paranaguá, Carla Slongo, explicou que a irritabilidade e a intolerância nessa época se devem ao simbolismo de fechamento de um ciclo.

“Isso nos provoca as reflexões de desempenho do aproveitamento que cada pessoa teve ao longo do ano, reflexões sobre o seu tempo, sua satisfação em seus relacionamentos interpessoais e sua vida financeira. E caso não tenha vivido ou alcançado seus propósitos ao longo do ano, este indivíduo entra em um conflito elevando a autocobrança, fazendo com que gaste muita energia lutando contra a sua insatisfação que, por consequência, costuma resultar em reações de agitação como que se quisesse recuperar o tempo que entende por mal aproveitado”, analisou Carla.

Fechamento de um ciclo faz com que as pessoas avaliem tudo que não foi alcançado ao longo do ano

A chamada síndrome do fim de ano pode gerar até incômodo quanto a felicidade dos outros. “Estar bem comigo mesmo não está relacionado com o Natal e o Réveillon e sim com meus objetivos não alcançados, até mesmo com a falta de objetivos, o que chamamos em psicanálise de desejo, precisamos desejar algo para que possamos ir atrás dos nossos chamados objetivos. Neste momento, a felicidade do outro pode até me incomodar”, avaliou.

Segundo Carla, o que pode fazer a diferença é entender o que causa tristeza e o que é a felicidade. “Precisamos dar nomes para o que sentimos e principalmente compreender o que sentimos. Gosto de pensar na flexibilidade como nossa aliada, experimentar o novo, ver a vida por prismas diferentes pode ser muito salutar, permite você reconhecer o que você vem fazendo até aqui e pensar a mudança”, afirmou Carla.

Ser flexível

Desta forma, se houver insatisfação pela forma como se comemora o Natal, Carla sugere conhecer outras culturas e outras formas de vivenciar esse período. “Costumo dizer que ficar enrijecido é mais fácil de quebrar, flexibilizar pode ser uma excelente forma de aliviar a tensão do momento. O Feliz Natal não está relacionado com presentes ou ceias, está relacionado com sentimentos e isto está dentro de nós”, ressaltou a psicóloga.

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