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Entrevista

Rotary Paranaguá Rocio elege primeira mulher como presidente

Juciane Afonso estará à frente da gestão 2018/2019

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A nova presidente do Rotary Paranaguá Rocio, Juciane da Silva Afonso, é a primeira mulher a ocupar o cargo em 49 anos de fundação do clube. Em 1982, quando ela ingressou no Rotaract, ainda como Distrito 464, mulheres não eram admitidas como sócias. A presença delas só foi admitida entre 1987 e 1989 e, desde então, o público feminino tem assumido diversos cargos e contribuído com os projetos. Um dos feitos de Juciane ao assumir tal cargo foi montar uma equipe exclusivamente formada por mulheres, com líderes no Rotaract e Interact.

O Rotary Paranaguá Rocio possui 22 sócios atualmente. Segundo a nova presidente, a ideia é trabalhar em projetos ambiciosos e dar andamento a outros de grande sucesso e que tem colaborado com a sociedade parnanguara. Paralelo às atividades do Rotary, Juciane é formada em Administração e atua como despachante aduaneira. A gestão da primeira mulher a assumir o cargo começou no dia 1.º de julho e se estende até o dia 30 de junho de 2019. Nesta entrevista, Juciane conta como ingressou no Rotary, sobre os projetos que estão em andamento e que tem feito a diferença na cidade e a expectativa diante da nova função. Confira:

Juciane assumiu o cargo no dia 1.º de julho com cerimônia realizada no dia 5

 

Folha do Litoral News: Há quanto tempo você faz parte do Rotary Paranaguá Rocio?

Juciane: Há cinco anos. Eu entrei na gestão 2014/2015 como sócia. Conheci o Rotary em 1982 através do Rotaract, fiquei muitos anos fora até que o Edson Veiga me chamou para uma reunião de homenagem a alguns profissionais e acabei ficando.

 

Folha do Litoral News: Como foi receber a indicação para a presidência?

Juciane: O Conselho Diretor com os ex-presidentes se reúnem e fazem uma indicação, apresentam e elegem. Na gestão passada meu nome já havia sido cogitado, é tudo pré-determinado para a gente se preparar.

 

Folha do Litoral News: Quais projetos estão em andamento hoje?

Juciane: Na Vila Santa Maria temos o NRDC – Núcleo Rotariano de Desenvolvimento Comunitário, que funciona com consultórios médicos, como centro comunitário para que eles possam utilizar, algumas empresas fazem parcerias conosco para realizar cursos, nós implantamos projetos também com as escolas, é um local que tentamos dar sentido a ele para servir a comunidade de todas as maneiras com a nossa supervisão. Temos o projeto Pólio Plus para erradicar a poliomielite e o Rotary que subsidia mundialmente, compra as vacinas e distribui para os Estados, cidades e postos de saúde até chegar à população. A cada dólar que o Rotary doa, o Bill Gates dá quatro, foi proposto esse desafio para que a gente consiga angariar mais recursos. Quando fazemos algum evento, a renda vai 10% para a administração do clube, 10% para a fundação rotária e 80% para distribuir a todos os projetos. Ou seja, a comunidade participa, colabora e depois retorna para ela em forma de projetos. Em breve, também entraremos na luta com campanha contra o sarampo e contra o diabetes. O Projeto Boa Visão consiste na escolha de uma escola da periferia para fazer testes de acuidade visual nas crianças, a escola comunica os pais e depois pedimos autorização para aos pais para que possamos encaminhar as crianças para uma consulta com oftalmologistas. Se a criança precisar de tratamento ou de óculos, o Rotary oferece tudo. Fazemos também de vez em quando a manutenção do Asilo São Vicente. O projeto Banco de Equipamentos Ortopédicos é realizado por meio de tampinhas e lacres. Para este ano, já temos recurso para a compra de oito cadeiras de roda, andador, muleta, cadeira de banho, tudo por meio dos lacres pela comunidade e de empresas que decidiram nos ajudar. Com o primeiro lote de lacres que nós vendemos, deu em torno de 300 kg de lacre. É surpreendente a participação da população e do comércio. Seria muito fácil a gente sair pedindo 50 reais de cada um e comprar uma cadeira de rodas, mas não envolveria a comunidade. Desta forma, conseguimos envolver o ecológico, o meio ambiente, tirando tampinhas dos lixos, e todo mundo sente que está contribuindo. Nosso objetivo é emprestar as cadeiras, mas se eventualmente tiver uma pessoa que precise e não tenha condições a gente pode até doar uma. No projeto da Horta Comunitária nas escolas, já temos uma nutricionista envolvida e a ideia é fazer a troca de lixo por verduras para podermos fazer a destinação correta. Além disso, ainda temos projetos culturais em parceria com o Centro de Letras.

 

Folha do Litoral News: O que representa para você ser a primeira mulher à frente do Rotary Paranaguá Rocio?

Juciane: Acho uma conquista, mas isso não quer dizer que o batom e o salto alto vão prevalecer, é minha competência que tem que falar mais alto. Se hoje estou como presidente não é porque sou mulher, é porque tenho condições e o clube aposta em mim. Todo mundo está na expectativa de que eu faça um bom trabalho e eu também quero fazer uma boa gestão. Neste ano, em Paranaguá, temos uma governadora distrital, a Isis, a presidente do Rotaract, que é a Aysla Thomé, e a presidente do Interact, que é a Júlia. É o ano da mulher na família rotária.

 

Folha do Litoral News: Fale um pouco sobre o lema deste ano rotário.

Juciane: O lema é escolhido pelo Rotary Internacional e nós acompanhamos. Todo ano temos um lema para motivar as pessoas, já tivemos “Faça a Diferença”, “A serviço da humanidade”, “Seja um presente para o mundo” e “Faça o Rotary brilhar”. Neste ano, temos que inspirar, ser modelo para que as pessoas se unam a nós e tenham vontade de fazer o mesmo ou servir a humanidade de qualquer maneira, na sua escola, na sua vizinhança, por isso o tema escolhido foi “Seja a inspiração”.

 

Fotos: Samuel Calado

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