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Entrevista

Presidente da AESP fala sobre o desfile das escolas de samba

Claudio Apiacas é o atual presidente da Associação das Escolas de Samba de Paranaguá.

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Claudio Antônio do Nascimento ou simplesmente Claudio Apiacas, como é conhecido em Paranaguá, tem 64 anos e, desde outubro, assumiu a presidência da Associação das Escolas de Samba de Paranaguá (AESP). Em três meses vem organizando o desfile juntamente com os membros da diretoria que representam as agremiações que estarão na avenida neste Carnaval.

Uma das principais atribuições da AESP é com relação ao julgamento do desfile. Isso porque a contratação e pagamento da comissão de quem avalia é de responsabilidade da Associação. Além de cuidar da passagem das escolas para que todas cumpram o regulamento.

‘Seu Claudio’ é natural de Belém do Pará e mora em Paranaguá desde 1997. De imediato ele se envolveu com a cultura e o esporte, que são suas grandes paixões. Em 23 anos na cidade, ele já se considera parnanguara de coração.

Em 2008, fundou a Escola de Samba Apiacas que ainda não estreou na Avenida, mas acabou assumindo a presidência da Filho da Gaviões em 2010, onde se mantém até os dias de hoje. É casado com dona Brígida de Nazaré, a qual é seu braço direito em todas as atividades. É sobre o desfile das escolas de samba que ele fala nesta entrevista. Confira:

Folha do Litoral News: Qual é a importância do desfile das escolas de samba para Paranaguá?

Claudio: O desfile das escolas de samba de Paranaguá podemos dizer que é uma tradição de muitos anos. As agremiações sempre desfilaram, fortalecendo com isso o setor  turístico. Podemos dizer que é uma atração na programação dos eventos da cidade, pois movimenta Paranaguá em termos gerais. É um evento importante não só o desfile das escolas como o Carnaval em geral, pois acaba envolvendo vários segmentos.

 

Folha do Litoral News: Qual é a sua expectativa para o desfile das escolas de samba deste ano?

Claudio: Eu espero que este ano seja um dos melhores desfiles para cada uma das escolas. Estou vendo muita expectativa e cada agremiação vai apresentar o melhor e fazer valer o que o município ofereceu em termos de investimentos. Acredito que este ano será um desfile muito disputado, porque queira ou não queira temos uma premiação a que todas as escolas almejam. Todos buscam o título, mas existe um prêmio em dinheiro que é motivador. A campeã leva 10 mil e a vice, 5  mil.

 

Folha do Litoral News: Qual é o maior desafio da AESP para esse Carnaval?

Claudio: Não é um desafio de agora, é o de sempre, as confecções dos carros alegóricos. Nós temos muitas dificuldades em criar os carros alegóricos sem espaço apropriado. Tivemos dias de muita chuva e paramos tudo porque não tinha como trabalhar, nós criamos os carros na rua, ao ar livre. Qualquer coisa que aconteça de anormal da natureza nós sofremos. As escolas não possuem local para que possam confeccionar os carros. É um desafio muito complicado ter que criar na reta final. Em termos gerais, podemos dizer que quem faz isso são grandes heróis, superam as dificuldades e o curto prazo de tempo. Nós trabalhamos com materiais que muitas vezes não dá para reciclar e essa dificuldade eu acho que é de todas as escolas de Paranaguá. Além disso, muitas estruturas passam o ano todo na rua, ficam expostas e muitas vezes atrapalham a frente das casas.

Folha do Litoral News: O senhor pode antecipar como será feito o julgamento das escolas de samba?

Claudio: Este ano eu participei no Guarujá de uma conferência onde estiveram reunidos vários presidentes das grandes cidades de São Paulo, o Fenasamba. Na oportunidade,  tive o prazer de conhecer o coordenador da UESP, a União de Escolas de Samba Paulistana, que faz parte da Liga de São Paulo. Eles fornecem comissões julgadoras para várias cidades. São avaliadores profissionais. Tive a oportunidade de levar todos os presidentes das escolas de Paranaguá para conhecer o local. É uma casa ligada a tudo que envolve o samba. Esses avaliadores estarão em Paranaguá  no sábado e irão avaliar os quesitos dos desfiles. A mesma comissão avaliadora do desfile de Paranaguá irá avaliar o desfile das escolas de samba de Joaçaba, que é considerado o segundo maior desfile de Santa Catarina, depois de Florianópolis.

Folha do Litoral News: O público anualmente reclama da demora. Qual é o tempo de intervalo entre uma escola e outra?

Claudio: Cada escola de samba tem que desfilar no máximo em 55 minutos. Claro que esse tempo pode ser menor, mas se ultrapassar 55 minutos estará furando o regulamento e irá ser penalizada. O intervalo entre a chegada de uma escola e a largada de outra é 15 minutos. Nós vamos fazer valer o tempo, a começar pelos blocos que abrem o desfile, vamos pedir para ter compreensão para que desfilem no máximo entre 30 ou 40 minutos e se retirar da passarela para dar espaço às escolas de samba. Quando uma escola entrar a outra já tem que estar posicionada  para que possa dar a largada, caso contrário perde ponto. Não pode ter atraso, ninguém gosta de ficar esperando.

Folha do Litoral News: Quem são os membros da diretoria da Associação das Escolas de Samba? Quais agremiações fazem parte?

Claudio: Adriano Lourenço é vice-presidente, Edvaldo Pedro é tesoureiro, Dicesar Tramujas é o secretário e Anderson Ramos é o responsável pelo conselho fiscal. Cada um deles representa as escolas de samba que estarão na Avenida do Samba neste Carnaval: Acadêmicos do Litoral, União da Ilha dos Valadares, Leão da Estradinha e Unidos da Ponta do Caju. 

 

 

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