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Educação

Festival das Disciplinas valoriza a cultura afro

Estudantes do Vidal Vanhoni apresentam pratos típicos e tradições culturais do continente africano

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O Colégio Estadual Vidal Vanhoni realizou na noite de segunda-feira, 27, mais uma edição do Festival das Disciplinas. O evento aconteceu na Ações Pedagógicas Descentralizadas (Aped), que atende a comunidade do bairro Divineia, na Escola Municipal Nayá Castilho.

Comunidade da Vila Divineia prestigiou o evento

De acordo com a diretora auxiliar do colégio, Luciana Lopes, o momento foi marcado pela valorização e socialização do processo ensino-aprendizagem. Isso porque os estudantes colocam em prática aquilo que estão aprendendo em sala de aula no que abrange a cultura e a história das civilizações.

 “O Festival acontece nos ensinos regular e EJA  do Colégio Vidal Vanhoni, envolvendo toda a comunidade escolar, mobilizando professores e alunos, transformando a aprendizagem em um verdadeiro evento”, destaca. Os alunos do Ensino Fundamental 2, da professora Jussi Mara Aristóteles Medeiros, apresentaram a famosa cultura afro, por meio da culinária e do jogo da capoeira.

Foram servidos vários pratos da cultura afro

Durante o evento, foi degustado quibebe, prato originário de Moçambique. O show de capoeira foi apresentado pelo grupo Candeias do Mestre Xeréu. Os alunos do Ensino Médio, da professora Ariosvaldina Telles, abordaram o conhecimento sobre as especiarias vindas do Oriente.

“Foram servidos vários pratos para degustação e usados temperos como cravo, gengibre, noz moscada, alho, louro, açafrão, pimenta do reino, canela doce e cravo da Índia”, ressalta. O evento tem como objetivo valorizar as culturas dos povos, sendo que muitas dessas especiarias estão presentes nos conteúdos estudados em disciplinas como história. Além da culinária, o projeto envolve apresentações de manifestações culturais.

Professoras e alunas serviram as iguarias gastronômicas

“Os estudantes saem da teoria e entram na prática, envolvendo também a comunidade no projeto. São estratégias e métodos de ensino que conduzem ao efetivo conhecimento”, finaliza a diretora.

ABAYOMI

Na ocasião, também foram expostos cartazes sobre os produtos apresentados. Além dos painéis, os estudantes também confeccionaram “abayomi” (bonecas de pano).

Estudantes recriaram os ‘aboyami’ que serviam como amuleto de proteção

Para acalentar seus filhos durante as viagens a bordo dos tumbeiros, navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e Brasil, as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias. A partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção.

As bonecas, símbolo de resistência, ficaram conhecidas como Abayomi, termo que significa ‘Encontro precioso’, em Iorubá, uma das maiores etnias do continente africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim. Sem costura alguma (apenas nós ou tranças), as bonecas não possuem demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas.

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