Unidade do Hemepar em Paranaguá precisa de doadores de sangue

Pandemia reduziu número de doações no município e em todo o Paraná

A Unidade de Coleta e Transfusão (UCT) de Paranaguá do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) segue com os estoques de sangue baixos e necessita de doadores. A queda no número de doações está acontecendo devido à pandemia da Covid-19, bem como devido à dengue, devido a doadores assíduos estarem com as duas doenças, necessitando aguardar de um a seis meses para voltarem a doar. Além disso, a unidade realiza o cadastramento de doadores de medula óssea, outro tipo essencial de demanda na área de saúde que pode salvar vidas de pessoas por todo o mundo. 

“Estamos atendendo de segunda-feira à sexta-feira no período da manhã e tarde. Para doar é necessário fazer o agendamento pelo fone e WhatsApp (41) 3420-6663. O agendamento prévio visa evitar aglomeração e também, buscar um horário que fique adequado para o doador”, afirma Nádia Cristina Tadra, assistente social do Hemepar Paranaguá. “Neste ano o número de doadores baixou consideravelmente, pela questão da pandemia da Covid-19, bem como os inúmeros casos de dengue que estão acontecendo na nossa região”, relata.

“Temos que refletir que o sangue é vital e insubstituível, é utilizado nos casos de urgência, emergência, grandes cirurgias e doenças crônicas, e além dos casos da pandemia as situações que se requer transfusão continuam acontecendo. Não podemos deixar de ressaltar que o Hemepar Paranaguá tem a responsabilidade de atender a demanda transfusional de toda rede hospitalar e clínica dos conveniados da região litorânea. Para manter um estoque de sangue seguro, de qualidade, e em quantidade suficiente, para tratamento de pacientes que necessitam de transfusões, conta tão somente com as doações voluntárias de sangue”, informa a assistente social.

Motivos da queda de doações

Segundo Nádia, a baixa nos estoques de sangue ocorre não só em Paranaguá, como também em UCT´s de todo o Paraná, visto que muitos doadores assíduos e os que vem doar pela primeira vez estão Covid-19 ou dengue, necessitando aguardar 30 dias para doação, e, em casos de dengue hemorrágica, precisando aguardar seis meses”, diz. “Muitos pacientes que tem estão com essas patologias também acabam fazendo transfusão de sangue, para melhoria do seu quadro clínico, o que acaba reduzindo ainda mais os estoques. Lembre sempre: uma doação pode beneficiar até quatro vidas e deve ser feita com regularidade para que o estoque nunca baixe”, complementa.

Medula óssea

Outro importante serviço feito pela UCT de Paranaguá o cadastro de doadores de medula óssea, algo que pode ser feito por pessoas de 18 a 54 anos, diretamente no Hemepar, sem necessidade de agendamento, de segunda à sexta, das 8h às 11h30 e das 13h às 16h, algo que pode ser feito também junto com a doação de sangue. “Antes de fazer o cadastro, o candidato recebe uma orientação detalhada do procedimento É importante ressaltar que esses cadastros são remetidos para o REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) que faz a busca de um receptor (paciente com leucemia, aplasia medular ou outra patologia) com características genéticas praticamente idênticas ao doador. Reforçando você só faz a doação se houver alguém compatível)”, completa.

Requisitos para ser doador

“Para ser um doador é preciso estar em boas condições de saúde. Se a pessoa que estiver apresentando sintomas gripais como: – coriza, dor de garganta, rinite, alergias, tosse, deve fazer isolamento em sua residência – e não pode doar sangue. Quem teve Covid-19 ou dengue simples deve aguardar 30 dias após os primeiros sintomas para doar. O candidato deve, ainda, ter dormido de seis a oito horas na noite anterior à doação, estar bem alimentado e hidratado, pesar no mínimo 51 quilos e ter entre 16 e 59 anos”, informa.

Doadores com menos de 18 anos devem vir acompanhados dos pais e responsáveis e, acima dos 60 anos, devem permanecer em isolamento. “Demais critérios serão avaliados em triagem. É necessário trazer documento oficial/original com foto”, finaliza Nádia.