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Espaço Poético

Muito Prazer, Sou Frida

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Juciane

Tanto pranto, tanta dor.
Meu físico já não importa,
A medicina dissolve.
Com uma trombada, fui destruída,
Me montaram como um quebra-cabeças.
Passeei pela vida mancando, disfarçando,
Altos e baixos, acertos e tropeços.
Amores, paixões, tequilas, loucuras,
Telas, pincéis, homens, às vezes mulheres.
Cores, beija-flores e um macaco de estimação.
Às vezes ternos, ou saias longas coloridas,
Flores na cabeça, que sempre mantive erguida
Minha inquietação era na alma,
E está dilacerada.
E não há nenhuma droga que amenize.
Coluna quebrada, peito rasgado
Coração sangrando…
Só queria um pouco de paz na casa azul.
Meu tempo é contado, morrer é renascer.
Amada por alguns e até incompreendida.
Sou mexicana, filha de índia,
Sou forte, valente,
Arriba!
Sofrida, sou Frida!

Poema: Juciane Afonso
Obra: Lucy Reina Orquiza

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