Espaço Poético
“Muito prazer, sou Frida”
Não paro,
Não Kahlo
Sofrida,
Por isso falo!
Não paro,
Não Kahlo
Sofrida,
Por isso falo!
Choro, me embriago na tristeza
As raízes que me adornam
Me estrangulam
E os espinhos rasgam minha pele.
Me alegro com macacos
Aves, por vezes gatos.
O amor, já não mais beija a flor,
Morreu!
Pura quimera…
Me autoretrato de dura,
Triste, é a louca realidade.
Onde não há riso
Nem consolo,
Só o bater das asas das libélulas e mariposas.
Pobre de mim, por isso pinto a mim mesma,
Sou sozinha, sou o assunto que melhor conheço.
Em meio a dores, sem amores
Por onde andará
Alejandro, Noguchi e Trotsky
Chavela e María?
Conheci a tantos, amei, seduzi, sofri.
Foram muitos amantes
Mas só por Diego, eu Frida morri.
Poema: Juciane Afonso – Obra de arte: Lucy Reina Orquiza