Escola Dionel Charello, em Morretes, se destaca na educação on-line

A Escola Estadual Vereador Dionel Charello, localizada no bairro Porto de Cima, em Morretes, está obtendo índices expressivos de participação dos estudantes nas aulas on-line. De acordo com a direção do estabelecimento de ensino, os resultados refletem o trabalho contínuo com os pais.

Paciência e persistência são as palavras-chave na Escola Dionel Charello. “Muitos dos nossos pais e responsáveis não tinham intimidade com as mídias, mas aceitaram o desafio junto com a escola de tentar fazer essas aulas on-line darem certo. Não conseguiríamos chegar até esses alunos sem o auxílio dos pais”, ressalta a diretora Celsiane do Couto.

A utilização do celular com a finalidade de conhecimento era pouco frequente, ocasionando resistência nessa prática. “Aos poucos, estamos conseguindo mudar isso. A cada início de semana enviamos um alerta aos pais dos alunos que estão fazendo poucas atividades, no entanto, a comunicação está sendo mantida diariamente através do uso das mídias sociais”, aponta.

Outra inovação foi a implantação do cronograma diário de aulas via aplicativo Meet com os professores. O objetivo é buscar um maior contato entre os alunos e professores. “Neste momento, a afetividade tornou-se essencial”, complementa a diretora.

Todos os pais de alunos foram colocados em grupos de WhatsApp, recebendo instruções sobre as aulas. Foi realizada uma força-tarefa disponibilizando os recursos de acesso encontrados na escola.

De acordo com a direção, a maior dificuldade tem sido conscientizar pais e alunos que a escola não está em férias nem em recesso. “As aulas continuam, é preciso que o aluno se adapte, mantenha uma rotina diária de estudos, como se estivesse indo para a escola presencialmente. Os alunos que mais apresentam resistência às aulas on-line são os alunos que possuem celular, computador e Internet em casa”, observa.

Quem não tem acesso às plataformas digitais pode receber as atividades impressas. A maioria é formada por estudantes que moram em locais que não têm cobertura das operadoras de celulares e não têm Internet em casa, e também os alunos que possuem aparelhos antigos de celular.