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Coronavírus

Pesquisas avaliam a segurança e eficácia de vacinas contra a Covid-19 em crianças

Público poderá receber a dose após os testes das fabricantes

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Alguns fabricantes das vacinas que imunizam a população mundial contra a Covid-19 iniciaram testes para aplicação das doses em crianças abaixo de 12 anos, como a Oxford/AstraZeneca, Sinovac/Butantan, Pfizer/BioNTech e Moderna. Mesmo que a faixa etária de crianças e adolescentes não estejam entre as maiores vítimas da doença, é preciso pensar também na imunização deste público. 

O presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, explicou que na população pediátrica também existem pessoas de risco, com diabetes, problemas cardíacos, HIV e câncer.

“Então é preciso vacinar também, independente da idade. E, depois de controlada a doença e vacinar todos os grupos prioritários, pensando em controle de transmissão, você precisa incluir adolescentes e crianças”, explicou. Se você quer uma imunidade de rebanho, você precisa incluir essas pessoas”, disse Kfouri.

Segundo Kfouri, os testes da vacina devem apresentar uma resposta imune, além de segurança e eficácia. “Em geral, menores de dois anos e os mais idosos costumam responder de forma ‘menos ótima’ à vacina. A criança pela imaturidade do sistema imunológico e os mais velhos pelo envelhecimento”, destacou o membro da SBP.

Nos Estados Unidos, pessoas a partir de 12 anos já podem se vacinar contra a Covid-19 com o imunizante da Pfizer. O pediatra da Duke University e investigador dos testes da Pfizer, Dr. Chip Walter, informou que o processo de liberação das doses para crianças é mais complexo. “Eu entendo a preocupação dos pais em querer que seus filhos sejam vacinados, mas temos que nos certificar de que estamos fazendo o melhor e mais seguro para as crianças”, disse o médico.

Pesquisas

A Pfizer está avaliando mais de 4.600 crianças em três grupos de idade: cinco a 11 anos; crianças de dois a cinco anos; e bebês de seis meses a dois anos de idade.

Os dados para crianças de cinco a 11 anos podem chegar em setembro. Em entrevista à CNN, a empresa afirmou que, dependendo das descobertas, poderia pedir à Food and Drug Administration dos EUA para autorizar o uso emergencial da vacina no mesmo mês.

A Pfizer afirmou, ainda, que dados para crianças de dois a cinco anos podem chegar logo depois. As informações podem ser obtidas em outubro ou novembro e, logo depois, já poderá pedir autorização para o uso de emergência.

Os estudos ajudam a identificar se a administração das vacinas para crianças deve ser diferente da dos adultos, já comprovada pela ciência. As crianças pequenas podem precisar de doses diferentes, de um número diferente de doses ou nem precisar de tantas doses.

A Janssen, administrada em dose única em adultos, tem a aprovação da Anvisa para realizar testes em adolescentes de 12 e 17 anos no Brasil.

A CoronaVac teve o pedido negado pela Anvisa para o uso emergencial em crianças de três a 17 anos. Na China, a aplicação já foi liberada para crianças a partir de três anos.

A AstraZeneca suspendeu as pesquisas que eram realizadas com a faixa etária de seis a 17 anos por complicações observadas que não ofereciam segurança na administração entre este público.

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