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Otorrinolaringologista fala sobre as principais causas da perda olfativa, cuidados e prevenção

Dra. Andreza de Carvalho Formiga, médica formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Otorrinolaringologista pelo Hospital Cruz Vermelha Curitiba com título de especialista em Otorrinolaringologia pela ABORL-CCF, também é médica cooperada da Unimed Paranaguá

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A olfação é o primeiro órgão dos sentidos a se desenvolver embriologicamente, possui importante relação com o meio ambiente e com a proteção (alerta sobre incêndios, vazamento de gás) e com a memória (quando sentimos aquele cheirinho de bolo que a avó fazia).

Sua ausência ou alteração dependem do estado anatômico do epitélio nasal e do sistema nervoso central e periférico e afetam significativamente a qualidade de vida. Neste episódio do Momento Saúde da Unimed Paranaguá, a Dra. Andreza de Carvalho Formiga, Otorrinolaringologista da Unimed Paranaguá fala sobre as principais causas da perda olfativa, seus cuidados e prevenção.

O que leva a perda de olfato?

Dra. Andreza: Os distúrbios da olfação são classificados de acordo com a região da via olfatória que está acometida:

– Tipo condutiva: quando ocorre um bloqueio, impedimento da chegada das moléculas de odor (cheiro) ao epitélio olfatório (Ex: rinite; tumor intranasal; alteração anatômica)

– Tipo neurossensorial: quando ocorre uma lesão no epitélio olfatório e nos nervos olfatórios (Ex: infecção viral; trauma crânio encefálico -TCE…)

– Tipo central: lesão em uma das estruturas da via olfatória central (bulbo olfatório/ trato/ estrias/centro cortical da olfação (Ex: tumor intracraniano; TCE; doenças degenerativas.

Porém uma doença pode causar mais de um tipo de perda ao mesmo tempo.

Quais as principais causas?

Dra. Andreza:  As três principais causas são: infecções virais (Ex Covid-19), rinossinusite e TCE (50%), sendo 20% idiopáticas (causa não descoberta).

Porém temos outras causas, como: Alterações Anatômicas e Tumores Intranasais; Doenças neurológicas como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Múltipla; Doenças Metabólicas como Diabetes Mellitus e Hipotireoidismo; Uso de drogas/medicamentos como cocaína, álcool, alucinógenos, enalapril, betabloqueadores; Drogas tópicas nasais como mentol, sulfato de zinco e vasoconstrictores; Radioterapia de cabeça e pescoço

Perdi meu olfato, o que devo fazer?

Dra. Andreza: Primeiramente procurar um otorrinolaringologista, quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento, melhor será a resposta e recuperação da alteração do olfato

O(a) Otorrinolaringologista irá realizar a anamnese (perguntas) e avaliação específica para investigação e confirmação do diagnóstico.

Após a confirmação da alteração do olfato, que pode ser mais comumente: hiposmia (redução do olfato), parosmia (distorção do olfato, tem cheiro diferente do habitual), anosmia (ausência de olfato), o tratamento mais indicado e efetivo será orientado pelo médico otorrinolaringologista.

Quais dicas para manter o olfato saudável?

Dra. Andreza: Essa é uma ótima pergunta! Lavagem nasal, pois ela mantém a mucosa mais limpa, hidratada, reduz quadros de rinite, rinussinusite e sangramentos.

Evitar o uso contínuo de vasoconstrictores nasais e produtos com mental/eucalipto nasal.

Qualquer dúvida ou alteração do olfato, procure um(a) otorrinolaringologista. E mantenhamos os cuidados! A pandemia ainda não acabou.

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