Adoção responsável de cães e gatos aumenta durante a pandemia

A pandemia do novo Coronavírus, que assola o Brasil desde março, está exigindo a adaptação do cidadão para exercer diversas atividades em um período de distanciamento social, higienização e uso de máscaras, algo que também alcançou as boas ações. Segundo o presidente da ONG Amigos Protetores, Gael Antunes, feiras “virtuais” de adoção de cães e gatos estão sendo feitas pela entidade pelo Instagram e Facebook, sendo que, segundo a entidade, neste período de pandemia, está havendo aumento no número de tutores responsáveis em Paranaguá.

“Nosso trabalho sempre foi muito focado nas redes sociais, anunciando os animais que estão aptos à adoção, relatando os resgates, as ações desenvolvidas pela ONG e, principalmente, a conscientização em relação a maus-tratos, bem-estar animal e o direito animalista. Nessa quarentena, a ONG vem trabalhando massivamente nos seus perfis nas redes sociais para incentivar a adoção dos animais resgatados pelos voluntários, inclusive criamos um perfil no Instagram (@amigos.protetores), o qual está ajudando e muito nas adoções dos animais”, afirma o presidente.

Segundo Antunes, em comparação ao ano passado, o número de adoções em 2020 teve aumento significativo. “Enxergamos isso como algo positivo. No entanto, sempre é preciso ter muita cautela, por isso, antes de encaminharmos qualquer animal, sempre fazemos uma entrevista com o tutor, perguntando se possui condições financeiras, físicas e emocionais para adotar um animal. Pois, não estamos falando de um objeto, mas de uma vida, que possui necessidades e os animais necessitam de uma vida digna e livre de crueldades e a rotina da família pós-quarentena precisa ser considerada, para evitar arrependimentos e até abandonos”, relata.

Adoção responsável

Gael ressalta que adotar um animal de estimação é um ato de amor. “Mas para que isso aconteça é preciso levar em consideração não só o desejo, como também as necessidades e o grau de comprometimento de toda a família que pretende adotar o pet”, explica.

“A ONG sempre tenta frisar que a adoção consciente de um animal de estimação começa ao saber que qualquer pet adotado vai mexer com o orçamento e tempo da família por muitos anos. Essas questões devem ser levadas em conta para que a adoção não seja feita por impulso. Por isso, sempre fazemos uma entrevista antes de doar qualquer animal, perguntando se terá disponibilidade para passear, se mora em casa ou apartamento, onde o cachorro vai dormir e fazer as necessidades, se possui condições financeiras de levar o animal a um veterinário, por exemplo”, diz.

O presidente ressalta que a entrevista com o tutor em potencial é essencial, visto que ajuda a entender os motivos de a pessoa estar querendo adotar o animal. “Assim se pode ver qual o melhor animal para o adotante e vice-versa, para que esse ato de amor seja bom para todos, animais e humanos”, explica.

Como adotar

Segundo Antunes, quem tiver interesse em adotar de forma responsável pode procurar a ONG em seu grupo e página no Facebook no link https://www.facebook.com/amigosprotetores/ , bem como no Instagram @amigos.protetores . “Nesses perfis publicamos diariamente animais para adoção resgatados pela ONG, por voluntários ou cidadãos conscientes. Se a pessoa gostou de algum animal, ela comenta na publicação que anuncia o animal para adoção e um dos voluntario irá entrar em contato e explicar todo procedimento de adoção. A maior parte dos animais disponibilizados para adoção é entregue castrada, vacinada e vermífugada”, ressalta.

“Para adotar, o tutor precisa ser maior de 21 anos, apresentar RG, CPF, comprovante de residência recente e assinar um termo se comprometendo a cuidar do animalzinho, que agora passa a ser de responsabilidade dele. Após a parte burocrática a ONG, através de um voluntário, leva o animal até a nova residência e entrega aos novos tutores, quando combina as visitas pós-adoção até que a adaptação do pet seja concluída na nova família”, finaliza o presidente.

Fotos: Amigos Protetores/Facebook