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Editorial

Odiadores de plantão: a psicologia explica?

Na maioria das vezes, segundo explica a psicologia, a ação reflete um ato de frustração da própria pessoa que só enxerga defeitos no próximo e sente prazer em “achar defeito” em tudo.

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“Existe só uma maneira de se evitar as críticas: não fazer nada, não dizer nada e não ser nada”. Com a famosa frase do filósofo grego Aristóteles, considerado o fundador da Lógica, é possível repensar sobre um tema bastante atual, os crimes oriundos do ódio destilado na Internet.

A cada minuto, 54 pessoas são vítimas de crime virtual, no Brasil, segundo a multinacional Symantec, empresa de segurança na Internet. Com isso, vale destacar que os crimes na rede não ficam por conta só dos mais conhecidos, como exposição de dados ou ação de pedófilos. Crimes contra a honra e injúria também são cometidos por aqueles “odiadores de plantão”, conhecidos como “haters”.

A todo segundo há alguém espalhando discurso de ódio na Internet. Seja em postagens de notícias, em grupos de WhatsApp ou em publicações de diferentes órgãos nas redes sociais, há sempre um comentário negativo, maldoso ou difamatório. Na maioria das vezes, segundo explica a psicologia, a ação reflete um ato de frustração da própria pessoa que só enxerga o que há de ruim no próximo e sente prazer em “achar defeito” em tudo.

Um experimento realizado pelo Journal of Personality and Social Psychology levantou um estudo sobre a reação humana a tópicos desconhecidos. Para ter certeza de que as pessoas não estavam de mau humor, o experimento foi realizado em diferentes datas com diferentes temas. Com o resultado do experimento, foi possível identificar dois cenários que se destacam: “Os que gostam de tudo” e “os que não gostam de nada“.

Segundo os dados, as atitudes provenientes do temperamento de certos participantes tiveram um real efeito de influenciar em uma opinião sobre coisas que as pessoas não conheciam. Elas, “sem nenhum motivo“, odiavam (ou gostavam) desses tópicos. Ou seja, sem aparente motivo e sem ao menos conhecer o assunto em questão.

Há de se perceber que o anonimato da Internet, a distância física, a falta de empatia que existe pelo outro no universo virtual são fatores fundamentais para odiar na web.

Hoje, o promotor do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, Bruno Dantas, explica em matéria publicada na página 4, como identificar os crimes ligados a discursos de ódio, como denunciar essa forma de violência e se proteger. Para refletir sobre o assunto, indica-se uma frase de Henri Amiel, quando diz que “o homem está sempre mais descontente com os outros quando se acha menos contente consigo próprio”.

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