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Editorial

Não é Não. Para abuso sexual não tem desculpa, tem lei

No Carnaval de 2019, a recente lei que considera a importunação sexual crime no Brasil, promete reduzir o número de assédio contra mulheres.

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Um tema que tem soado de forma mais frequente, mas ainda distante de entrar no rol das discussões prioritárias nos lares brasileiros, o feminicídio tem feito cada vez mais vítimas diante de uma sociedade que se cala e se omite.

A cada dia surgem casos horripilantes de agressões e morte de mulheres atrelados à subjugação da figura feminina, o que é inaceitável. Prova disso são os números apontados pelo Conselho Nacional de Justiça. Desde janeiro deste ano, 126 mulheres já foram assassinadas, vítimas de feminicídio, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Por incrível que pareça, o “trabalho de formiguinha” no combate a uma série de ações violentas contra a mulher, as quais iniciam com o “machismo de cada dia”, atreladas à inferiorização da mulher, agressões físicas e psicológicas até culminar no feminicídio, é o que fará a diferença.

Não é à toa, que o tema tem entrado diariamente nas pautas dos principais veículos de comunicação do País e ele precisa chegar às salas de aula, às rodas de conversa, ao Congresso, às empresas, às residências. Onde houver a possibilidade de diálogo, observações relacionadas ao machismo devem ser citadas e não como forma de opressão, mas como aprendizagem diária para toda uma sociedade advinda de uma cultura patriarcal.

É preciso reflexão por parte de homens e mulheres, que ainda priorizam, por exemplo, a educação machista e o arcaico pensamento de submissão da mulher. 

No Carnaval de 2019, a recente lei que considera a importunação sexual crime no Brasil, promete reduzir o número de assédio contra mulheres, que até então rendia apenas uma multa ao agressor. Sem dúvidas, é um momento histórico para o País e precisa ser tomado como tendência pelas garantias do direito de ir e vir e do respeito às mulheres.

O Coletivo “Não é Não”, formado por mulheres, lançou campanhas em diferentes cidades do País como forma de inibir os assédios sexuais através da distribuição de materiais reforçando a mensagem contra a importunação sexual. Portanto, o “não” surge como um repúdio a uma cantada, um beijo, um abraço não desejado. O NÃO é NÃO o tempo todo. Fica a reflexão.

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