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Editorial

Eleições e irregularidades

No domingo, 6, era para ter acontecido a eleição para escolha de conselheiros tutelares em todo o Brasil.

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Todo processo eleitoral precisa passar pelo crivo da igualdade entre os postulantes aos cargos. Os pleitos, desde para escolha de representantes de grupos, classes até processos para escolha de prefeitos, deputados, senadores ou presidentes de nações, devem ser pautados em princípios éticos, respeitando rigorosamente a lei estabelecida.

No domingo, 6, era para ter acontecido a eleição para escolha de conselheiros tutelares em todo o Brasil. No entanto, o que era para ser coberto de lisura se transformou em um acumulado de denúncias e irregularidades, o que ocasionou o cancelamento do processo eleitoral em diferentes municípios paranaenses, bem como em outros Estados brasileiros, a pedido do Ministério Público.

As irregularidades foram variadas, indo desde a compra de votos, passando por transporte proibido de eleitores para as seções de votação, cédulas com problemas de impressão, até vazamento de dados sigilosos.

O que era para ser um exemplo de conduta ilibada se tornou mais uma vertente da corrupção ou o atestar de que, infelizmente, esse mal que assola a nação brasileira não tem poupado nem os setores primordiais para assistência a quem mais precisa, pois estava em jogo a escolha de pessoas para representar e lutar idoneamente e com honestidade os seres mais indefesos neste contexto social: crianças e adolescentes, os quais são considerados vulneráveis diante de tantos quadros deturpados a que se pode presenciar na sociedade contemporânea.

Em Paranaguá, os problemas apontados foram de vazamento de gabarito das provas realizadas antes do dia da eleição, pois os postulantes ao cargo precisaram passar por avaliação médica, psicológica e prova escrita, a qual, infelizmente, teve esse problema de privilegiar, em teoria, algum ou alguns dos postulantes, de acordo com denúncia recebida pelo Ministério Público e como pode ser visto em matéria nesta edição.

É claro que não se pode colocar em xeque a idoneidade dos candidatos, pois é inquestionável que há pessoas do bem e capacitadas para o exercício da função, portanto não é o momento de generalizar e sim de tentar buscar meios de se verificar qual o melhor candidato, aquele que executará suas funções com honra e dignidade e, neste aspecto, a população ocupa lugar de destaque, pois é imprescindível que cada cidadão se envolva no processo de escolha e seja um fiscal atento de todas as etapas dessa eleição.

Assim, atesta-se o caráter fundamental do envolvimento do cidadão, portanto é o momento de cada pessoa estar atenta e de olhos abertos para todas as questões aventadas nas mais diversas áreas.

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