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Editorial

Cerol: além de uma brincadeira, um risco à vida

Com o tempo, essa brincadeira tornou-se perigosa e considerada criminosa em decorrência das mutilações causadas em quem tem contato com o cerol, como é o caso de motociclistas, e as próprias crianças que manuseiam o material.

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Os períodos de férias escolares ou de momentos de lazer são bastante convidativos para as brincadeiras com pipas entre as crianças. Porém, a prática, que parece tão inofensiva, tem resultado em acidentes e até mesmo em mortes, quando se utiliza o cerol, o qual é feito a partir de uma mistura de pó de vidro com cola, passado na linha da pipa e utilizado no desafio de “derrubar” a pipa do outro.

Com o tempo, essa brincadeira tornou-se perigosa e considerada criminosa em decorrência das mutilações causadas em quem tem contato com o cerol, como é o caso de motociclistas, e as próprias crianças que manuseiam o material.

Para conscientizar a população e principalmente os pais e ou responsáveis por crianças e adolescentes que realizam a prática, o município de Paranaguá está desenvolvendo uma campanha, através da Secretaria Municipal de Segurança. A ideia é que o cidadão que flagrar qualquer pessoa soltando pipa com cerol possa denunciar através do número de telefone 153, da Guarda Civil Municipal.

A iniciativa é fundamental para que a sociedade tenha uma preocupação com relação a esta ação, a qual se torna um problema público, por afetar e colocar em risco a segurança de toda uma comunidade.

No Paraná, a lei 16.246, de 2009, proíbe a fabricação e a comercialização da mistura de cola e vidro popularmente conhecida como cerol, bem como qualquer outro produto cortante que possa ser aplicado em pipas ou papagaios. Portanto, a responsabilização e a conscientização devem ser de todos. De quem vende o produto, de quem utiliza e dos responsáveis por quem usa, como no caso das crianças.

De acordo com a própria Secretaria de Segurança, os pais podem ser qualificados no artigo 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por descumprimento do dever de pátrio poder, ou seja, permitir que seus filhos brinquem com substâncias perigosas. Fica o alerta para que uma brincadeira de criança não vire um pesadelo.

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