A defesa do patrimônio público

"Nenhum homem nesta terra zela, ou trata do bem comum, senão cada um do bem particular''.  Apesar de soarem tão contemporâneas, essas palavras são sobre o Brasil de 1630, as quais são de autoria do frei Vicente do Salvador, um religioso franciscano.

Historicamente, a população vem passando por registros de descuidos com o patrimônio público, o qual é entendido como o conjunto de bens e direitos que pertence a todos e não a um determinado indivíduo ou entidade, ou ainda o conjunto de bens à disposição da coletividade.

Em Paranaguá, recentemente foram inaugurados playgrounds em diferentes praças da cidade, constituindo-se em uma nova possibilidade de lazer e entretenimento para a população, sobretudo, às crianças, as quais constantemente vêm sendo alvo de estudos, artigos e outros enfocando a necessidade de se criar elementos que as tirem da frente das telas em diferentes dimensões e sejam inseridas no verdadeiro e riquíssimo cenário da infância, com brincadeiras criativas, movimentos, descontração e risos. Isso equivale a dizer que a entrega dos parquinhos na cidade é uma forma até mesmo de trazer mais saúde ao público infantil, que pode ter contato com brincadeiras ao ar livre e mesmo se movimentar mais e "driblar" o sedentarismo.

Assim, tais estruturas devem sempre servir como benefício para a população, porém, alguns já se tornaram alvo de ações de vandalismo. O que corrobora a tese de que, infelizmente, muitas pessoas não se revestem de civilidade e preservam o bem público, preferem um ambiente deturpado, feio, destruído a um local alegre, feliz e bem estruturado para receber os parnanguaras.

As praças são bens coletivos e precisam ser encaradas dessa forma. Isso remete a afirmar que são espaços para se realizar atividades saudáveis com diferentes públicos e ideais para receber crianças.

Desta forma, o que se espera dos cidadãos parnanguaras, neste momento, é cuidar mais do patrimônio, zelar pelas estruturas do município e denunciar possíveis atos de vandalismo, os quais atuam de forma a impedir o desenvolvimento da cidade como um todo.