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Economia

Greve dos bancos entra no 8.º dia com adesão total no litoral

Bancários reivindicam reajuste salarial de 5% e reposição da inflação de 9,62%

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A greve dos bancos entra, hoje, sexta-feira, 16, no 8.º dia consecutivo de paralisação no litoral do Paraná. São 31 agências com as atividades suspensas na região, o que significa adesão total dos bancários. Uma nova rodada de negociação ocorreu no fim da tarde de ontem, em São Paulo, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e, se os bancários estiverem de acordo com o que foi oferecido, haverá uma assembleia regional para decidir os rumos da greve.

Durante a negociação ocorrida na terça-feira, 13, a Fenaban apresentou a mesma proposta que já havia sido rejeitada pela categoria – reajuste de 7% nos salários, abaixo da inflação, e abono de R$ 3,3 mil. O secretário geral da FETEC-CUT-PR (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná), Deonísio Venceslau Schmidt, afirmou que se os banqueiros não vierem com uma proposta decente, irão aumentar todas as formas de pressão. “Enrijeceremos ainda mais a greve até chegarmos na total paralisação do sistema financeiro”, destacou.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Paranaguá e Região, Samuel Ribeiro da Fonseca, afirmou que o oferecido ainda não é suficiente para a categoria, já que a inflação do período fechou em 9,62%. O presidente do Sindicato lembrou que a última greve teve duração de três semanas. “A última greve teve duração de 21 dias. Quem quer a greve não são os bancários, são os banqueiros”, frisou Fonseca.

Ele ainda justificou, em linhas gerais, o motivo da paralisação. “Os bancos sempre têm lucros superiores à inflação. Nosso salário é pago com a mensalidade que os clientes pagam na conta bancária que tem, que geralmente não são abaixo de R$ 25”, garantiu.

 

AUMENTO DA ADESÃO

Nesta semana, a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR), que representa 85% do total de bancários do Paraná, divulgou que a greve teve um aumento de 203% no Estado. Desta forma, são mais de 17 mil funcionários em greve em 787 agências fechadas e nove centros administrativos paralisados.

O secretário geral da FETEC-CUT-PR, Deonísio Schmidt, afirmou que a greve vem aumentando expressivamente em todo o Brasil e as pessoas têm apoiado o movimento grevista. “Os banqueiros não exploram só os funcionários, mas todos os clientes e usuários do sistema financeiro. Basta ver as taxas de juros cobradas e as altas tarifas diante da prestação de serviços cada vez piores”, informou.

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