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Cultura Viva

Quaresma

Estamos quase vivendo o período que sucede o Carnaval: a Quaresma.

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Estamos quase vivendo o período que sucede o Carnaval: a Quaresma. Esse é o tempo de deixar de atender aos apelos do nosso corpo e atentar para os valores espirituais, como a bondade, a modéstia, a solidariedade. Como todos sabemos a Quaresma, na Igreja Católica, tem por fim praticar a penitência e imitar o jejum que Cristo observou durante quarenta dias antes de começar o seu ministério apostólico. No nosso tempo a instituição da Quaresma perdeu muito do seu rigor de outrora. Atualmente, num grande número de dioceses não há senão um dia de abstinência por semana: sexta-feira, salvo todos os quatro últimos dias da Semana Santa. A rigor, deveríamos abrir mão dos prazeres que participamos na nossa vida; evitar comer carnes, recusar participação em festas ruidosas em excesso, em que os atentados à moral não são reprimidos. Sobretudo, inspirar os jovens a desfrutarem da vida com mais comedimento, com respeito aos seus semelhantes. Ao que parece jejuar nos nossos dias é iniciativa difícil de ser seguida. Os meios de comunicação irradiam diariamente notícias sobre ocorrências de abusos de toda espécie cometidos por parte dos cidadãos que deveriam ser exemplos de boa conduta, mas, ao contrário, inspiram atos da mais bem urdida malandragem. Os políticos de Brasília são o exemplo inspirador da rapinagem. De que maneira os professores, neste início de ano letivo, poderão orientar os alunos a trilharem as vias do bem, se os modelos vindos de cima contrariam todos os princípios cristãos? Chegam a ser cômicas as notícias sobre esses escândalos do uso do nosso dinheiro para custear os gastos desses privilegiados. Em boa hora nos lembramos do ditado popular que afirma: “Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”. Com o andar da carruagem atual, mais empacada que cavalo manco, os escândalos certamente cairão no mesmo poço dos desvios do dinheiro público. Mas, nós cidadãos corretos vamos continuar levando a sério a temporada santa, conscientes do nosso papel de brasileiros devotos do Salvador do mundo, esperando soluções para todas essas questões que enriquecem alguns e lançam na miséria a grande maioria. Aguardamos confiantes no nosso papel de eleitores, que, com nossas ações, os tempos mudem e que a mentalidade dos políticos não se restrinja aos interesses pessoais, mas se estendam à população brasileira. Vamos ter fé no poder que temos em mãos e usá-lo com sabedoria e discernimento, pensando nas novas gerações que não merecem testemunhar tantos descalabros como os que ora assistimos. Elevemos os olhos para Deus, rogando suas bênçãos para o nosso país; que Ele nos dê forças para continuarmos trabalhando com inteligência e honestidade para que o sol da liberdade em raios fúlgidos continue a brilhar no céu da nossa amada Pátria para sempre. E que prossigamos a conquistar com braço cada vez mais forte o penhor da igualdade social.

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