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Cultura Viva

Castigo sem crime

Essa é a angústia vivida por nós, brasileiros, ao longo da nossa história, na maioria das situações enfrentadas no dia a dia. Crentes de que as…

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Essa é a angústia vivida por nós, brasileiros, ao longo da nossa história, na maioria das situações enfrentadas no dia a dia. Crentes de que as boas intenções são a tônica do viver dos nossos semelhantes, caímos nas armadilhas urdidas por pessoas destituídas de sentimentos positivos que nos iludem com falsas aparências. Não bastasse isso, somos obrigados a viver atrás de grades monitoradas, se quisermos preservar nossos bens conquistados com trabalho, suor e lágrimas, porque nunca se pode prever quando seremos vítimas de assaltos por pessoas sem sentimentos humanos para avaliar o que seja um sonho concretizado após anos de sacrifícios. São castigos de que somos vítimas, que, embora sem qualquer culpa nunca encontramos a quem apelar em busca de qualquer socorro. Enquanto isso, os malfeitores vão driblando a justiça e continuam livres, saltando sobre muros, invadindo telhados, apossando-se de tudo o que encontram para trocarem por drogas, o tônico estimulante dos crimes que cometem sem qualquer piedade. E, ao assistirmos ao desfile dos candidatos aos cargos políticos, apresentando soluções práticas para todos os problemas do nosso povo: educação, saúde, segurança, etc., etc., mal contemos a gargalhada. Ao mesmo tempo, somos dominados pela desesperança, incredulidade e tristeza totais, porque muitos desses candidatos já estão há bastante tempo empossados, desfrutando das benesses usufruídas por eles próprios. Acode-nos a questão: que fazer? Acreditar nas promessas expostas abertamente como se alguns deles possuíssem o dom de fazer acontecer os milagres munidos apenas da vontade? Impossível! Já estamos há muito tempo vacinados contra esses males que nos atacam a cada quatro anos. A nós compete abrir os olhos da juventude para não cair no engodo fácil. A solução parece ser a de sempre: deixar o barco correr, desviando das ondas bravias das tentações fáceis, embalados pelos ventos amenos da bondade, da sinceridade, da franqueza… Quem sabe chegaremos ao porto tão sonhado da bem-aventurança, onde todos os brasileiros se reconheçam como irmãos, unidos pelos laços da sinceridade de propósitos, despojados para sempre do mal mais corrosivo das almas humanas: o egoísmo.

 

Ivone E. Marques

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