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Cultura

Morte do artista Gildo Falcão causa comoção em Paranaguá

Parnanguara dedicou a vida às causas sociais atuando no teatro, educação e saúde

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Gildo Cabral Falcão, parnanguara, era conhecido em Paranaguá por atuar em vários segmentos da sociedade. Nasceu no dia 23 de agosto de 1969 e faleceu na manhã de segunda-feira, 20, em Curitiba. Ele estava internado no Hospital Cajuru há uma semana.

Nos últimos cinco anos, os internamentos e as consultas médicas eram frequentes em sua vida. A rotina hospitalar começou em setembro de 2014, quando amputou a perna direita devido a complicações com a diabetes. Em 2019, após três meses internado no Hospital Regional do Litoral e inúmeras sessões na câmara hiperbárica (para curar feridas) precisou amputar a outra perna.

Nesse intervalo de 5 anos, Gildo nunca esmoreceu. Com apoio da família e amigos realizou bingos e rifas para adquirir uma prótese. Apesar de toda a luta para viver, as sequelas da diabetes foram mais fortes, sempre acarretando em mais complicações.

 

Vida

Gildo Falcão tinha três profissões e exercia as atividades em perfeita harmonia, além de sempre atuar como voluntário. Era graduado em pedagogia, exerceu a função de técnico em enfermagem e era ator e diretor de teatro  com DRT.

Como professor, lecionou em vários estabelecimentos de Paranaguá como alfabetizador.

“Foi Meu primeiro professor quando eu tinha 7 anos no Colégio Zilah e me lembro até hoje quando ele nos ensinava cantando a música da Xuxa do A, B, C. Que triste essa notícia do falecimento”, relatou a ex-aluna Suellen Oliver.

Gildo exerceu a enfermagem na antiga Santa Casa de Misericórdia e no Hospital Regional do Litoral. Em 2009, passou a integrar o corpo de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Paranaguá. 

No teatro, ele iniciou em 1991 com a peça teatral A Bruxinha que era Boa, recebendo indicação de ator revelação no Festival de Teatro de Guarapuava naquele mesmo ano. Criou o grupo de Teatro Bumba Meu Boi no qual realizava peças educativas de prevenção a doenças e acidentes no trabalho (voluntariamente). Gildo foi responsável por revelar inúmeros artistas de teatro em Paranaguá, pois sempre estava dando oportunidade para iniciação teatral. Recebeu inúmeros troféus, dentre os quais o de incentivador cultural em 1999 e o Troféu François Rios em 2016 no Festpar.

Como voluntário atuou juntamente com Sula Ferreira na Pastoral da Aids sempre engajado na luta pelo serviço de prevenção ao HIV e a assistência aos soropositivos, acompanhando e defendendo seus direitos.

“Estou muito triste. Gildo sempre esteve ao meu lado em todos os projetos. Era meu amigo irmão”, relatou Sula Ferreira, coordenadora Regional da Pastoral da AIDS.

Gildo ainda era voluntário no sopão realizado pelo Centro Miguel Arcanjo, entregue aos moradores de rua. Atividade que ele fazia sem divulgar. Uma das frases que sempre citava era: “Todos nós temos o lado bom que deve ser repartido com o próximo. Agindo assim, o mundo será melhor”.

 

Gildo Falcão recebeu o troféu François Rios em 2016

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