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Cultura

Loja Maçônica Dom Pedro II realiza exposição sobre a 2.ª Guerra Mundial em Guaratuba

Exposição vai até o dia 1.º e agora está aberta na faculdade ISEPE (Foto: Divulgação)

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Acervo conta com mais de 600 peças e veio da Alemanha para evento no Paraná, o qual é aberto para toda a comunidade e alunos do município

Desde o início de outubro, a Loja Maçônica Dom Pedro II abriu a exposição “Não se Esqueçam de Nós”, que possui como tema a 2.ª Guerra Mundial e faz parte do Museu de Guerra do Brasil. O curador da exposição e do Museu da Guerra do Brasil é o historiador Doraci José Vodzynski, membro da Loja guaratubana, que possui como Venerável Mestre Valdecir Rodrigues. Com um acervo vindo diretamente da Alemanha para o litoral do Paraná, a exposição conta com mais de 600 peças e está sendo visitada por estudantes das escolas do município e pela população local. A atração cultural possui entrada gratuita e está em exposição até o dia 1.º de novembro na faculdade ISEPE em Guaratuba.

“A exposição veio da Alemanha com mais de 600 peças em seu acervo. O Museu da Guerra do Brasil é constituído por itens de grande valor histórico, considerado por historiadores o maior e mais importante Museu Militar Itinerante do Brasil e já percorreu as principais cidades do Estado de Santa Catarina como Florianópolis, Blumenau, Joinville, entre outras, e possui como foco principal a 2.ª Guerra Mundial”, explica Doraci Vodzynski. 

“A exposição tem um caráter educacional, com o objetivo de mostrar para as gerações atuais uma triste realidade da humanidade, ocorrida há pouco mais de 80 anos”, afirma o Venerável Mestre da Loja Maçônica Dom Pedro II, Valdecir Rodrigues. 

De acordo com o historiador, a pedido da Loja Maçônica Dom Pedro II, a exposição foi ainda mais abrangente e teve o tema “Não se Esqueçam de Nós”. “Isto porque o holocausto é comumente relacionado ao genocídio de judeus. Contudo, os maçons, os povos ciganos e testemunhas de Jeová também foram vítimas dos nazistas durante o conflito e morreram aos milhares”, comenta.

Entre os atrativos está uma máquina de escrever que foi utilizada por Adolf Hitler (Foto: Divulgação)

EXPOSIÇÃO PRORROGADA ATÉ O DIA 1.º DE NOVEMBRO

Segundo o curador, a exposição está tendo uma grande procura de alunos de Guaratuba e público em geral, algo que fez com que a Loja Maçônica prorrogasse a sua vigência até o dia 1.º de novembro na faculdade ISEPE. “O objetivo da exposição não é o simples resgate de parte da história, mas o de fazer com que os estudantes e a comunidade que visitam o local saiam de lá diferentes, mais resilientes, mais humanos”, ressalta Vodzynski. “Trata-se de um alerta, para que esse tipo de acontecimento jamais volte a se repetir. A exposição é uma homenagem aos mortos e uma advertência aos vivos, pois você só vai entender a situação atual do mundo se estudar as Grandes Guerras”, completa.

Entre o acervo exposto estão capacetes, uniformes, documentos secretos do Exército Brasileiro, peças de todos os Países envolvidos na guerra. “Entre as curiosidades está a máquina de escrever utilizada pelo próprio Adolf Hitler e sua secretária, sendo que o acervo veio da Alemanha de propriedade de quatro colecionadores”, afirma Doraci.

MAÇONARIA E SEU PAPEL NA SOCIEDADE 

O historiador afirma a importância da exposição de qualidade e valor histórico para colaborar na aprendizagem de alunos e da população guaratubana. “A 2.ª Guerra Mundial é vastamente estudada através dos livros e filmes, e agora possui um acervo aqui em Guaratuba, ao vivo aos estudantes e cidadãos”, explica. “Além disso, esta exposição possui o foco de mostrar um pouco da Maçonaria, que possui a identidade de instituição essencialmente iniciativa, filosófica, progressista, evolucionista, fraterna, filantrópica e sobretudo universal”, complementa, destacando o foco social do ideal maçom para o mundo e para a sociedade..

Além da atuação da Maçonaria na 2.ª Guerra Mundial, a exposição coloca em foco materiais maçônicos presentes na 1.ª Guerra Mundial, Revolução Francesa, Guerra Civil Americana e momentos importantes da história do Brasil. “Os maçons despertam curiosidades, a intenção é mostrar esse lado pouco conhecido para a população, o trabalho de manter a ordem e o equilíbrio na sociedade, com maçons conhecidos na história brasileira, como Dom Pedro I, que foi o segundo Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil (GOB), assim como marechal Deodoro da Fonseca, Visconde do Rio Branco, Nilo Peçanha, José Bonifácio, entre outras figuras importantes para a história da Nação e para a Ordem Maçônica”, complementa Doraci Vodzynski.  

“A Maçonaria é e sempre foi um instrumento eficaz e pleno para o aperfeiçoamento do homem, para a formação do cidadão, para a superação das crises que assolam o País, seja de ordem moral, sejam materiais e até mesmo culturais, bem como para a recuperação da nação brasileira a fim de que esta reencontre os seus caminhos do bem-estar social”, finaliza o historiador.

Loja Maçônica Dom Pedro II levou a exposição a Guaratuba (Foto: Divulgação)

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